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    Estado de São Paulo registrou pior condição de seca no Brasil em março

    O estado teve 55% de seu território classificado nos três piores níveis de seca

    Quase a totalidade do território de São Paulo passou por seca em março de 2021.
    Quase a totalidade do território de São Paulo passou por seca em março de 2021. Foto: Ronaldo Silva/Futura Press/Estadão Conteúdo (10.abr.2021)

    Estadão Conteúdo

    O estado de São Paulo registrou a pior condição de seca no Brasil em março, sendo que 4% de seu território registrou seca excepcional, a categoria mais severa da escala do Monitor de Secas, em seu mais recente levantamento, divulgado nesta sexta-feira, 23. Ainda na Região Sudeste, Minas Gerais e o Rio de Janeiro tiveram uma ampliação da área com o fenômeno de estiagem entre fevereiro e março.

    Já o Espírito Santo ficou 100% livre de seca, o que não acontecia desde abril de 2020 no estado. A mudança da situação aconteceu em virtude das chuvas acima da média no território capixaba.

    O levantamento destaca São Paulo, que foi a unidade da Federação acompanhada pelo Monitor de Secas com maior porcentual de área com seca extrema (14%) e seca grave (37%) em março. O estado também foi o único a registrar seca excepcional no Brasil no último mês: 4%. Com isso, o estado teve cerca de 55% de sua área com os três níveis mais severos do fenômeno, configurando a situação mais grave de seca no país em março.

    Em Minas Gerais, em março, a área total com seca subiu de 55% para 60% do estado devido às chuvas abaixo da média. Com isso, a seca extrema avançou no Triângulo Mineiro e a seca fraca se expandiu no nordeste, norte e sul de Minas.

    Além disso, a seca fraca passou a moderada no noroeste mineiro. Considerando a área total com o fenômeno em março, o estado registrou a terceira maior área nessa situação (355.436km²), ficando atrás da Bahia e Mato Grosso do Sul. Os impactos são de curto prazo no noroeste, nordeste e sudeste; e de curto e longo prazo nas demais áreas de Minas.

    No Rio de Janeiro, entre fevereiro e março, a área com seca fraca saltou de 25% para 55%, especialmente no centro-sul fluminense, por causa das chuvas abaixo da média.

    Em março deste ano, em comparação com fevereiro, as áreas com seca tiveram redução em seis das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Alagoas, Maranhão, Paraná, Piauí, Santa Catarina e Tocantins.

    Em sete estados, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação com fevereiro: Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. A Bahia passou a ter seca em 100% do estado, o que não acontecia desde março e 2019. Outros três Estados registraram entre 96% e 98% de área com seca: Paraná, São Paulo e Goiás. O Distrito Federal e o Espírito Santo são as únicas unidades da Federação sem o fenômeno.

    O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.