Sandra de Sá e Péricles defendem educação como chave para combater racismo
Cantores conversaram na CNN sobre a importância das manifestações pelo mundo após a morte de George Floyd nos EUA
O assassinato do americano George Floyd — um homem negro, de 46 anos, que foi morto asfixiado por um policial branco durante uma abordagem — desencadeou uma sequência de protestos não só nos Estados Unidos, mas em diversos países, inclusive no Brasil.
Em entrevista à CNN na manhã desta sexta-feira (5), os cantores Sandra de Sá e Péricles falaram sobre racismo e a avaliaram a importância dos atos pelo mundo. Ambos defenderam a importância da educação para a construção de uma socidade mais “justa, sem preconceito e com mais educação”.
Sandrá de Sá afirmou que, infelizmente, episódios de racismo como de George Floyd são recorrentes e casos são registrados diariamente.
“Nós somos criados para achar que o branco é mais, e o negro para achar que é menos. É isso que não está batendo. Acredito que nossas crianças têm que aprender e serem educadas a saber que são seres humanos e perceber que são capazes de muito mais. Temos que nos fortalecer mais”, disse a cantora.
Para Péricles, além do racismo estrutural, “estamos vivendo um problema muito maior”. “Foi colocado na cabeça de todo mundo que o negro nasceu para ser menos e isso está errado desde a base. Em todos os lugares que eu vou, a educação é a grande chave para que se mude um panorama como este”, declarou.
“Manifestações como ocorreram nos EUA e no Brasil mostram de fato que o racismo precisa ser falado e, discutindo sobre o assunto, buscamos uma solução”, acrescentou o cantor.
Sandra complementou a fala do cantor afirmando que a reflexão é essencial para que as pessoas colaborem para a luta contra o racismo.
“A coisa é muito mais embaixo. Precisamos refletir muito e se entender, e compreender o que está acontecendo. Você refletindo, não vai nem precisar perguntar o que precisa fazer, não adianta fazer da boca para fora sem ter entendido nada”, afirmou.
O cantor completou dizendo que é de extrema importância movimentos como os que foram desencadeados pela morte de Floyd. Para ele, o movimento promoveu engajamento para que as pessoas conheçam ainda mais a história dos negros.
“Esse é o caminho. Quanto mais a gente souber do assunto, melhor vamos lidar com isso. É preciso engajar e quem não sabe o problema, vamos lembrar de alguns nomes e pesquisar o motivo para existirem”, concluiu.
(Edição: Bernardo Barbosa)