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    Saiba quem pode tomar, quanto custa e contraindicações de vacina da dengue na rede particular

    Imunizante é oferecido desde o ano passado em farmácias e clínicas

    Da CNN Brasilda CNN

    Com o aumento dos casos de dengue no Brasil, a procura pela vacina contra a doença disparou nas clínicas e farmácias que já vendiam o imunizante desde o ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), em janeiro deste ano houve um aumento de 110,75% no número de doses aplicadas em relação ao mês anterior.

    Porém, a farmacêutica japonesa Takeda, produtora da vacina Qdenga, anunciou nesta segunda-feira (5) que não firmará novos contratos com clínicas privadas e nem com estados e municípios para vender as vacinas. A empresa afirmou que, devido aos dados alarmantes da doença no Brasil, está concentrada em atender de forma prioritária o Ministério da Saúde, que vai oferecer o imunizante na rede pública de saúde.

    A empresa explicou que vai cumprir os contratos já firmados e garantiu a entrega das doses necessárias para que as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante na rede privada completem seu esquema vacinal — conforme a necessidade da aplicação de duas dose com intervalo de três meses — mas novos contratos não serão fechados.

    A vacina já era oferecida em farmácias e clínicas desde o ano passado. O imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.

    Quem deve se imunizar

    Segundo a bula, a Qdenga pode ser aplicada em pessoas de 4 a 60 anos. Essa também foi a faixa etária autorizada para aplicação da vacina pela Anvisa. São recomendadas duas doses com intervalo de três meses entre elas, e a imunização é conferida um mês após a segunda aplicação.

    Segundo o infectologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a vacinação é recomendada a todos os brasileiros em qualquer época do ano, pois não se trata de uma imunização sazonal.

    O especialista acredita que as pessoas que tomarem a primeira dose entre janeiro e fevereiro só estarão imunes à doença a partir de maio, quando o período de maior número de casos deve já ter passado. A proteção, portanto, só será válida para o pico de casos do ano que vem.

    Quanto custa a vacina

    Na rede privada, o preço das doses varia segundo o laboratório ou farmácia que oferece o produto.

    Em unidades da Raia e Drogasil, por exemplo, cada dose da Qdenga custa R$ 349,90 e a prescrição médica é obrigatória para ser vacinado. A vacina também é vendida nas unidades da rede Pague Menos e Extrafarma de 15 estados e cada aplicação custa R$ 363,00.

    Já em unidades laboratoriais do Grupo Fleury, que detém marcas como a+ Medicina Diagnóstica e Hermes Pardini, que registraram um aumento de 80% na busca pelas vacina no mês de janeiro, cada dose custa entre R$ 400 e R$ 470,00.

    Contraindicações

    O imunizante não é recomendado a alguns grupos, como pessoas imunodeprimidas, gestantes, lactantes, pacientes com febre ou alérgicos a algum componente da vacina.

    Além disso, o imunizante não é autorizado para aplicação em idosos, apesar de essa ser uma das faixas etárias mais atingidas pela doença.

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