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    Saiba quem é o megatraficante que fugiu da PF em helicóptero

    Antônio Joaquim Mota é apontado como líder de um grupo criminoso que atua há mais de 70 anos

    Da CNN

    Um megatraficante conhecido como “Motinha” ou “Dom” fugiu da Polícia Federal (PF) na semana passada. Segundo a corporação, ele atua na fronteira do Brasil com o Paraguai, mas, ao saber da operação para prendê-lo, fugiu um dia antes de helicóptero.

    Antônio Joaquim Mota, nome real do traficante, era o principal alvo da ação da PF, que acabou prendendo seis seguranças do criminoso.

    A polícia diz que eles são paramilitares brasileiros e estrangeiros com treinamento internacional e atuação em guerras.

    Quem é o megatraficante que fugiu da PF?

    Antônio Joaquim Mota é apontado pela Polícia Federal como atual líder do chamado “clã Mota”, que teria mais de 70 anos de atuação na criminalidade, segundo as investigações.

    Ele é a terceira geração de uma organização criminosa e que já atuou no contrabando de café, cigarros e eletrônicos, e que agora se especializou no tráfico internacional de drogas, com grande influência no Paraguai e na região de fronteira com o Brasil.

    A PF investiga que Mota tenha proteção no país vizinho. Ele estava em uma propriedade rural que se estende pelos dois países, entre Ponta Porã, no Brasil, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

    Mota, inclusive, se autodenominou “Dom”, segundo a corporação, em referência a Dom Corleone, o chefe da família criminosa mais poderosa na trilogia “O Poderoso Chefão”.

    A CNN apurou que a organização investigada se especializou no tráfico de cocaína, por ser mais cara.

    A droga, vinda da Bolívia e da Colômbia, é transportada de avião ao Paraguai e, de lá, segue de helicóptero para os estados de São Paulo e do Paraná, de onde é despachada para os portos de Santos (SP), o maior do Brasil, e Itajaí (SC).

    Mota já foi preso na fase El Patrón da operação Lava Jato em novembro de 2019. Segundo a PF, a quadrilha alvo da operação, à época, ocultou US$ 20 milhões, sendo mais de US$ 17 milhões num banco nas Bahamas, e o restante pulverizado no Paraguai entre doleiros, casas de câmbio, empresários, políticos e uma advogada.

    A reportagem apurou ainda que essa é a segunda vez que o suspeito foge de operação em menos de dois meses. Há informação de que ele também soube de outra ação e conseguiu escapar na Operação Helix, em maio. Ele estava em outra fazenda da família em Pedro Juan Caballero.

    Polícia investiga vazamento da operação

    A ação “Magnus Dominus”, deflagrada na sexta (30) foi às ruas para desarticular organização criminosa paramilitar a serviço do tráfico internacional de drogas e armas entre o Brasil e o Paraguai, com atuação nas cidades de Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (PY).

    A Justiça Federal expediu 11 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão contra nove brasileiros, um italiano, um romeno e um grego, em complexa operação policial, com deflagração simultânea nos estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

    A operação contou com mais de 100 policiais federais, do Comando de Operações Táticas e da Coordenação de Aviação Operacional da Polícia Federal.

    Agora, é apurado o vazamento da informação. A operação foi em conjunto com autoridades paraguaias, e investigadores brasileiros não descartam a hipótese de que o vazamento tenha ocorrido do outro lado da fronteira.

    Publicado por Tiago Tortella, com informações de Elijonas Maia

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