Robinho ainda tem recursos para contestar transferência da pena
Ex-jogador foi condenado a 9 anos de prisão por um estupro cometido na Itália em 2013; STF tem maioria para manter prisão
- 1 de 14
Robinho durante audiência de custódia na sede da Justiça Federal de Santos • Reprodução
- 2 de 14
Robinho com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2010 • Ryan Pierse - FIFA/FIFA via Getty Images
- 3 de 14
Robinho em jogo de 2019 pelo Istanbul Basaksehir • 24/10/2019REUTERS/Kemal Aslan
-
- 4 de 14
Robinho com a camisa do Santos • Divulgação
- 5 de 14
Robinho e Daniel Alves em treino da Seleção para a Copa do Mundo de 2010 • Richard Heathcote/Getty Images
- 6 de 14
O ex-jogador Robinho quando atuava pela Seleção Brasileira • Evelson de Freitas/Estadão Conteúdo - 10.jun.2009
-
- 7 de 14
Ex-jogador Robinho • Tony Gentile/Reuters
- 8 de 14
Naldo, Robinho e Diego conversam após jogo entre Real Madrid e Werder Bremen, em 2007, pela Liga dos Campeões • Friedemann Vogel/Bongarts/Getty Images
- 9 de 14
Robinho em campo pelo Santos no Brasileirão de 2015 • Friedemann Vogel/Getty Images
-
- 10 de 14
O atacante Robinho durante jogo pela Seleção Brasileira • Suhaimi Abdullah/Getty Images -14.out.2014
- 11 de 14
Robinho, em entrevista no CT Rei Pelé, na Baixada Santista, em 2010. • RICARDO SAIBUN/AGIF/AE
- 12 de 14
Robinho comemorando gol sobre a Tanzânia durante jogo amistoso em preparação para a Copa do Mundo 2010. • JONNE RORIZ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
-
- 13 de 14
Robinho durante amistoso entre Brasil e Argentina em Londres em 2006 • 03/09/2006 Action Images / Michael Regan
- 14 de 14
Robinho com a camisa do Santos • Foto: Ivan Storti - 13.out.2020/Santos FC
O ex-jogador Robinho ainda tem recursos disponíveis para tentar derrubar a decisão que validou no Brasil a condenação da Justiça italiana por estupro. A apresentação desses recursos não faz com que ele deixe a prisão.
Robinho está preso desde 22 de março, cumprindo uma pena de 9 anos de prisão por um estupro coletivo cometido na Itália em 2013. A sentença italiana foi confirmada pela Justiça brasileira.
Nesta sexta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para manter a prisão do ex-atleta, confirmando a regularidade do processo de validação da sentença estrangeira.
A Corte analisou dois habeas corpus apresentados pela defesa do ex-jogador.
Recursos
Robinho ainda tem um recurso pendente de análise no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Corte foi a responsável por homologar a condenação italiana, em março.
Esse recurso, no entanto, não deve alterar o teor da determinação do STJ. Isso porque trata-se do chamado “embargo de declaração”, que serve para questionar possíveis omissões, contradições ou obscuridades de uma decisão judicial.
No embargo, a defesa de Robinho argumentou que o STJ teria deixado de analisar uma questão relacionada ao cálculo da pena. Também alegou que o crime de estupro na Itália não é tratado como hediondo, o que impediria a aplicação das regras mais rigorosas para progressão de regime no Brasil.
Parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentado ao STJ defende a rejeição do recurso. Para o órgão, não há omissão no caso.
“No caso, não há vício a ser corrigido, pois, a partir da simples leitura do acórdão embargado, percebe-se de forma inequívoca que a questão apontada como omissa sequer foi suscitada em sede de contestação”, escreveu o subprocurador-geral da República Artur De Brito Gueiros Souza, que assina o parecer.
“Assim, a tentativa do embargante de atribuir efeitos infringentes aos presentes embargos de declaração não se mostra cabível, uma vez que, conforme já mencionado, não existem omissões a serem corrigidas no acórdão proferido”.
O ex-jogador ainda poderia recorrer ao STF, se apontar eventual violação à Constituição na decisão do STJ. Por esse motivo, a argumentação da defesa acaba sendo mais restrita.
Além disso, parte dos ministros que votou para rejeitar os habeas corpus já manifestou em seus votos que o procedimento adotado pelo STJ foi regular.
Segundo o relator dos casos, ministro Luiz Fux, “não se vislumbra violação, pelo Superior Tribunal de Justiça, de normas constitucionais, legais ou de tratados internacionais, a caracterizar coação ilegal ou violência contra a liberdade de locomoção do paciente, tampouco violação das regras de competência jurisdicional”.
Relembre o caso Robinho, julgado por estupro na Itália e preso no Brasil.
O caso
O ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão por estupro contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, cometido em 2013. A sentença definitiva saiu nove anos depois, em janeiro de 2022, pela mais alta instância da Justiça italiana.
O pedido de homologação da sentença italiana foi feito porque o Brasil não extradita seus cidadãos para cumprir penas no exterior.
A análise do pedido de homologação foi feita pela Corte Especial do STJ, colegiado formado pelos quinze ministros com mais tempo de atuação no tribunal.
O STJ não julgou novamente Robinho pelo crime de estupro. A análise sobre a homologação da sentença avaliou se a decisão estrangeira cumpriu requisitos estabelecidos na legislação brasileira e se foram observadas as devidas regras do processo, como ter sido proferida por autoridade competente, por exemplo.
O ex-jogador da Seleção Brasileira está preso desde o dia 22 de março, na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo.