RJ: Trabalhadores do samba recebem doações de alimentos e produtos de higiene
Carnaval movimentava R$ 8 milhões por ano. Sem a realização da festa, os profissionais estão em dificuldade financeira
Trabalhadores da cadeia produtiva do samba e do carnaval do Rio de Janeiro, muito prejudicados financeiramente pela pandemia, receberam doções de 100 toneladas de alimentos e produtos de higiene pessoal. O material, doado por pessoas físicas e grandes empresas, foi arrecadado pela Central Única das Favelas (CUFA), em parceria com a Frente Nacional Antirracista (FNA) e distribuído no Sambódromo da Marques de Sapucaí.
O projeto, batizado de “G.R.E.S. Unidos da CUFA”, contou com a presença de representantes de escolas de samba e de blocos afro, do Rio de Janeiro, durante a entrega das doações. As Ligas das Escolas de Samba (Liesa), Independente do Grupo A do Rio de Janeiro (LigaRJ) e Independente das Escolas de Samba do Brasil (Liesb) apoiaram a ação, assim como a RioTur.
O projeto, que também acontece também em outros estados, foi criado para suprir a necessidade de profissionais que vivem do samba e do Carnaval, e que acabaram muito afetados por conta da pandemia.
“O Carnaval movimentava R$ 8 milhões por ano. Com isso, o seu não acontecimento, em 2021, por causa da pandemia causou prejuízo para muitas pessoas, que agora estamos tentando reparar um pouco isso, com essa ação que teve grande apoio de tanta gente e tantas instituições”, explicou Elaine Caccavo, diretora de produção da CUFA.
De acordo com um estudo inédito conduzido pela Rede Penssan, empresa de pesquisas na área de insegurança alimentar, divulgado pela CNN em maio deste ano, Metade dos lares no Brasil sofreu algum nível de insegurança alimentar no final de 2020, ou seja, se preocupou com a possível falta de comida em casa, e 19 milhões de brasileiros relataram realmente ter passado fome no ano passado.
