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    RJ registra mortes, quedas de árvores e navio fica à deriva após forte tempestade

    Fortes chuvas que atingiram o estado, desde a última quinta-feira (24), provocaram mais de 140 ocorrências na região

    Julia Fariasda CNN* , em São Paulo

    As fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro desde a última quinta-feira (24), provocaram mais de 140 ocorrências na região, de acordo com a Defesa Civil. O estado registrou quedas de árvores, destelhamentos e um navio chegou a ficar à deriva.

    Segundo a Marinha do Brasil, por volta das 17h desta quinta, o navio conhecido como Mercante “Abreu e Lima” se desprendeu do cais após um rompimento de cabos e ficou à deriva na Baía de Guanabara, na Ilha do Governador (RJ).

    A embarcação encalhou a cerca de 200 metros do estaleiro que, no mesmo momento, acionou três rebocadores para retirar o navio do local em segurança.

    A Marinha aponta que não havia pessoas a bordo e a ocorrência não provocou danos a terceiros ou poluição hídrica. A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) informou que irá instraurar um inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para esclarecer as causas e possíveis responsabilidades do ocorrido.

    “Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação, o qual remeterá à Procuradoria Especial da Marinha, para que adote as medidas previstas”, concluiu a Capitania.

    Veja:

    Quedas de árvores

    Em nota, o Centro de Operações Rio (COR-RJ) destacou que, na madrugada desta sexta-feira (25), as rajadas de vento chegaram a 56,5km/h na estação Forte de Copacabana, localizada em um dos extremos da Praia de Copacabana, na zona sul da capital fluminense.

    O órgão municipal aponta que, em última atualização, duas vias estão interditadas em razão das seis quedas de árvores provocadas pelas chuvas. Veja:

    • Avenida Rainha Elisabeth, altura da Rua Bulhões Carvalho (via interditada)
    • Rua Euclides da Rocha, altura do número 546
    • Rua Euclides da Rocha, altura do número 399
    • Avenida Prado Júnior, próximo a Rua Barata Ribeiro (via interditada)
    • Rua Capitão Teixeira, altura da Escola Stella Guerra Duval, em Realengo
    • Avenida Frederico Faulhaber, altura da Rua Jornalista Luís Guimarães, também em Realengo

    O COR-RJ destaca que as equipes seguem trabalhando na região.

    A Defesa Civil do estado e o Corpo de Bombeiros seguem monitorando as chuvas e até o momento, afirmam que a maioria das ocorrências provocadas pelas chuvas estão relacionadas a cortes de árvores.

    Mortes

    Na tarde detsa quinta-feira (24), três operários morreram após o desabamento de um muro ocasionado por forte vento e chuva na tarde desta quinta-feira (24) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Os homens trabalhavam em uma obra de uma empresa que presta serviço para a Cedae na Rua Azaleias, no bairro Prados Verdes.

    Os funcionários identificados pelo Corpo de Bombeiros como Kauan Monsão, Alan e Antonio Júnior foram surpreendidos pela mudança de tempo por volta das 15h50, quando o quartel de Seropedica foi acionado para a ocorrência. Os quartéis de Paracambi, Itaguaí e Nova Iguaçu apoiaram a ação.

    Riscos

    Em última atualização, a Defesa Civil Estadual afirmou que os riscos relacionados às chuvas envolvem deslizamentos, inundações e alagamentos, mas é considerado moderado a muito baixo no estado.

    Queda de energia

    Em nota, a Enel Distribuição Rio informou que restabeleceu o fornecimento de energia para 73% dos clientes afetados pelas fortes chuvas com ventos e descargas atmosféricas que atingiram parte do estado.

    No momento, as ocorrências estão concentradas nas cidades de São Gonçalo e Magé. “A empresa acionou o seu plano de contingência e segue com reforço de equipes em campo para realizar os reparos necessários e restabelecer o fornecimento de energia a todos os clientes o mais rapidamente possível. Diante da previsão de chuvas nos próximos dias, a distribuidora seguirá com a mobilização máxima de recursos”, concluiu a empresa.

    Procurada, a Light também informou que normalizou o serviço da maior parte dos trechos afetados e que as equipes técnicas atuam desde o final da tarde de ontem, principalmente na Baixada Fluminense (RJ).

    Segundo a corporação, o temporal causou a queda de objetos, árvores inteiras e galhos sobre a rede de energia.

    Em nota, a Light ressaltou que a normalização dos serviços depende da complexidade de cada situação, incluindo o deslocamento e acesso de equipes às localidades afetadas, as ações em parceria com outros órgãos públicos, a retirada de objetos e a reconstituição de equipamentos.

    Destelhamentos

    Na tarde desta quinta, a Defesa Civil de São Gonçalo afirmou que foi acionada para 12 ocorrências devido a fortes ventos e chuva. O município entrou em estágio de alerta, mas, no momento, está em estágio de observação.

    O órgão destaca que uma parte do telhado do Partage Shopping cedeu após um entupimento no sistema de drenagem do teto, mas não houve registro de feridos.

    A defesa ainda ressalta que foram registrados destelhamentos no bairro de Boa Vista, em Nova Iguaçu (RJ) – também o mais atingido pelas chuvas no índice pluviométrico, com 40 mm nas últimas 24h – e quedas de árvores nos bairros Marambaia, Pacheco, Rio do Ouro e Laranjal.

    Previsão para os próximos dias

    A agência de meteorolgia Climatempo aponta a chegada de uma frente fria e reforça o alerta para chuvas intensas e ventos fortes em todo o estado nesta sexta-feira (25).

    O Climatempo também destaca que as rajadas de vento poderão variar entre 51 e 70 km/h em boa parte do estado, com destaque para a faixa sul, onde as rajadas podem atingir até 90 km/h.

    O tempo instável pode permanecer durante o final de semana, provocando chuva constante em todo o estado, com acumulados que podem variar entre 40 e 60 mm.

    Segundo a Defesa Civil, até a madrugada do próximo sábado (26), há previsão de pancadas isoladas de chuva moderada a forte, acompanhadas de rajadas de vento e raios em todo o território fluminense.

    *Sob supervisão de Bruno Laforé

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