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    RJ: poluente que contaminou água e suspendeu captação veio de oleoduto desativado

    Força-tarefa identificou foco de vazamento; captação segue paralisada

    Poluente que vazou de oleoduto desativado interrompeu captação de água, afetando dois milhões de moradores do RJ
    Poluente que vazou de oleoduto desativado interrompeu captação de água, afetando dois milhões de moradores do RJ Divulgação/Cedae

    Isabelle Salemeda CNN

    Uma força-tarefa montada pelo Governo do Rio de Janeiro se reuniu, nesta sexta-feira (5), para definir medidas que viabilizem a retomada da produção de água no Sistema Imunana-Laranjal, paralisada devido à contaminação do manancial por tolueno.

    Foi estabelecido um plano de ação para conter o derramamento do composto químico. O ponto exato do vazamento foi identificado nesta quinta-feira (4). O Sistema Imunana-Laranjal, da Companhia de Águas e Esgotos do Rio (Cedae), abastece cerca de 2 milhões de moradores da região metropolitana.

    Técnicos da companhia e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além de agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) rastrearam as margens do manancial e localizaram o foco do problema em um ponto do rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.

    Técnicos fazem monitoramento da qualidade da água / Divulgação/Cedae

    Os rios Guapiaçu e Macacu foram mapeados a partir de diversos pontos de coleta de amostras, o que levou os técnicos a localizar o trecho por onde passa um oleoduto. Para impedir que a água contaminada do Rio Guapiaçu chegue ao ponto de coleta da Cedae, uma barreira foi montada em conjunto com o Inea.

    O instituto ainda vai realizar uma perfuração para coleta de material para aprofundar as análises.

    Captação segue paralisada

    Mesmo com a descoberta, na manhã desta sexta-feira (5), o sistema seguiu paralisado por causa da alteração da qualidade da água ainda não tratada no manancial de captação. Um novo exame laboratorial vai determinar o retorno da operação do sistema.

    A Cedae monitora de hora em hora a qualidade da água, mas ainda não há prazo para que o sistema volte a operar.

    A Cedae retirou de operação o sistema Imunana-Laranjal na manhã de quarta-feira (3), durante um trabalho constante de monitoramento. Ao identificar a presença do tolueno, um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil e altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado, acionou o Inea.

    Risco à população

    A companhia e o Inea informaram que não há risco de a substância chegar às residências, porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano. Diante da situação, a Cedae reforça a orientação para que a população faça uso consciente da água, adiando tarefas não essenciais que exijam grande consumo.

    Para auxiliar no abastecimento das regiões afetadas, a Cedae está disponibilizando, nesta sexta-feira, cinco caminhões-pipas para atender hospitais e clínicas de saúde em São Gonçalo, de acordo com a necessidade da prefeitura municipal.