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    RJ: mais de 800 presos em março por crimes de violência contra a mulher

    Operação acontece em âmbito nacional, com o objetivo de combater a violência de gênero no estado; no Rio ações foram conjuntas entre polícias Civil e Militar

    Isabelle Salemeda CNN

    Durante o mês em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, 819 pessoas foram presas por crimes praticados em razão de gênero, no Rio de Janeiro. As ações fizeram parte da “Operação Átria”, coordenada em âmbito nacional pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O nome da ação faz alusão à posição de destaque da principal estrela da constelação denominada “Triângulo Austral” do hemisfério estelar sul. Numa ideia de reposicionar mulheres agredidas, retirando-as da condição de vítima.

    Além das prisões, os agentes das polícias Civil e Militar também apreenderam 392 armas de fogo. Ao todo, foram realizadas mais de 31 mil diligências, instaurados 26 mil procedimentos policiais e feitos 820 exames periciais. Além disso, foram solicitadas cerca de 13 mil medidas protetivas de urgência.

    No estado, a coordenação operacional foi do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) da Polícia Civil e da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos (CAEs) da Polícia Militar, por meio do programa Patrulha Maria da Penha, com apoio da Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais (Cecopol). A operação incluiu também ações preventivas, como palestras e ações sociais.

    Resultados da ação a nível nacional

    Em todo o Brasil, segundo o MJSP, a ação resultou em um aumento de 63% nos atendimentos às mulheres em relação ao ano anterior, com 129,9 mil registros em março de 2024, contra 79,5 mil no mesmo período em 2023.

    Diligências foram realizadas em 1.765 municípios, com 10,4 mil prisões e 179 apreensões de menores infratores. O número de medidas protetivas de urgência solicitadas foi de 68 mil, contra 37,9 mil em 2023. Além disso, foram 30,8 mil denúncias apuradas, contra 17,4 mil no ano anterior.

    Os principais crimes apurados no âmbito da operação foram feminicídio (tentado ou consumado), lesão corporal, descumprimento de medida protetiva, injúria, ameaça, difamação, estupro, sequestro e cárcere privado e perseguição (stalking).

    O diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi/Senasp/MJSP), Rodney Silva, destacou que a operação proporcionou maior visibilidade ao tema e permitiu a ampliação das ações policiais. Foram realizadas 17,5 mil ações educativas, com mais de 7,2 milhões de pessoas alcançadas.

    “Seu sucesso é decorrente da integração entre as forças de segurança pública do país, promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), no combate à violência contra a mulher. Os resultados alcançados demonstram a preocupação que o Governo Federal tem com a proteção às mulheres”, ressaltou Rodney.