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    Rio tem todas as regiões em risco ‘muito alto’ para Covid-19 pela primeira vez

    Nível é o mais elevado em uma escala de três e ainda não havia sido atingido por nenhuma área

    Movimentação na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, durante primeiro dia do recesso sanitário para conter Covid-19
    Movimentação na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, durante primeiro dia do recesso sanitário para conter Covid-19 Foto: Erbs Jr./Framephoto/Estadão Conteúdo (26.mar.2021)

    Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    A cidade do Rio de Janeiro está com todas as suas 33 regiões administrativas em risco muito alto para a Covid-19. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (26) pela Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Painel Rio Covid-19. Em nenhum momento da pandemia uma região tinha atingido esse patamar, mesmo isoladamente, na série histórica iniciada na primeira semana de janeiro deste ano.

    Na semana passada, 27 das 33 regiões estavam em risco alto, o segundo da escala, que inicia com moderado. Com o passar dos dias, todas as outras seis evoluíram do moderado para o alto. Essa avaliação também representava a aceleração dos reflexos da pandemia na cidade, porque nas duas semanas anterior apenas a Região Administrativa de Copacabana apresentava risco alto. As demais 32 estavam em estado moderado. 

    Nesta sexta-feira, durante a apresentação do Boletim Epidemiológico semanal, o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz atribuiu o atual momento enfrentado pela rede SUS no Rio à disseminação da variante P1, oriunda de Manaus e mais conhecida como amazônica. Ela já é responsável por 83% dos casos do coronavírus na cidade, e é associada à maior capacidade de transmissão e à possibilidade de escape de anticorpos. 

    A classificação de risco feita pela Prefeitura do Rio envolve a combinação de dois indicadores: números de internações e óbitos confirmados. Nesta sexta-feira, o município divulgou o 12º Boletim Epidemiológico e reforçou a importância de obedecer às restrições que vão até o dia 4 de abril (Domingo de Páscoa), quando termina o recesso sanitário

    O recesso vale para todo o estado. Há um decreto do governador interino, Cláudio Castro (PSC), que estabelece as restrições básicas, mas elas podem ser agravadas pelos prefeitos, que adotam medidas de acordo com o que consideram ser os cenários e especificidades das cidades que administram. 

    Rio de Janeiro, Niterói, Maricá e Araruama são alguns dos municípios que mantiveram o funcionamento apenas dos serviços considerados essenciais. Algumas localidades abriram exceções para lojas de doce e chocolates, por causa da proximidade da Páscoa, repetindo o que aconteceu neste mesmo momento do ano passado.