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    Rio tem 758 suspeitos de Covid-19 aguardando leitos, mas há vagas; entenda

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a taxa de ocupação de leitos de UTI é de 91% na rede pública, enquanto a ocupação dos leitos de enfermaria é de 80%

    Leitos no hospital municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
    Leitos no hospital municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Foto: Prefeitura de Duque de Caxias - 27.abr.2020

    Na capital do Rio de Janeiro, principal foco de contaminação pelo novo coronavírus no estado, há 758 pessoas aguardando transferência para leitos dedicados à Covid-19, sendo 320 para UTI. A fila por uma vaga em um hospital direcionado ao combate à doença existe ao mesmo tempo em que os órgãos de saúde asseguram que ainda há leitos disponíveis.

    Na rede pública da capital fluminense, há 1.569 pacientes internados com suspeita de Covid-19, com 497 internados em UTI, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 91%, enquanto a ocupação dos leitos de enfermaria é de 80%.

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    Na rede pública do estado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-RJ) informou que a taxa de ocupação é de 86% em leitos de UTI e de 79% em leitos de enfermaria. Questionada sobre o motivo de haver leitos disponíveis mesmo com a existência de uma fila de espera, a secretaria informou que as vagas em hospitais de referência ou campanha são liberadas “gradativamente”. 

    Segundo a SES, unidades de saúde que foram inauguradas recentemente não podem operar com capacidade máxima num primeiro momento, seja por falta de profissionais, equipamentos ou mesmo devido à ambientação aos novos espaços.

    A secretaria esclareceu ainda que, nos demais hospitais da rede pública estadual, é necessário deixar leitos disponíveis para pacientes com outras enfermidades.

    O Tribunal de Justiça do Rio aumentou nesta quarta-feira (14) para cinco dias o prazo para que a prefeitura e o governo coloquem em operação todos os leitos livres existentes nas redes municipal e estadual para atender os pacientes com Covid-19.

    Os leitos deverão ser estruturados para receber estes pacientes e, em caso de descumprimento, também está prevista uma multa diária no valor de R$ 10 mil. 

    MP recomenda ‘lockdown’ 

     

    O Ministério Público do Rio de Janeiro recomendou aos governos do estado e da capital fluminense a adoção de “novas medidas de recrudescimento ao isolamento social”, incluindo a possibilidade de lockdown, ou seja, bloqueio total para as atividades não essenciais. 

    Oficialmente, o estado do Rio de Janeiro registra mais de 2.000 mortes pelo novo coronavírus e quase 19 mil infectados.

    Nas recomendações, o Ministério Público pede a consideração de decretos visando o “lockdown” por 15 dias. O texto traz indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Panamericana da Saúde (Opas) e do Ministério da Saúde, que apontam que o bloqueio total “é eficaz para redução da curva de casos e para dar tempo para reorganização do sistema em situação de aceleração descontrolada de casos e óbitos”.

    Na manhã desta quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as medidas restritivas impostas pelos estados para conter o avanço do novo coronavírus pioram a crise no país. Segundo ele, a determinação de “lockdown” não é ideal para lidar com a crise causada pela pandemia. “Esse é o caminho do fracasso, quebrar o Brasil”. 

    Com Agência Estado