Rio: Hotéis projetam 90% de ocupação e ainda há ingressos para desfiles de Carnaval
Público terá que apresentar comprovante de vacinação para assistir aos desfiles. Turistas brasileiros são os principais visitantes esperados para a data


Faltando uma semana para os desfiles, depois de uma pausa de dois anos em consequência da pandemia da Covid-19, ainda há ingressos disponíveis para todos os dias de espetáculo e em todos os setores da Sapucaí.
O Sambódromo vai receber novamente desfiles de escolas de samba do Grupo Especial nos dias 22 e 23 de abril (sexta-feira e sábado) e a comemoração das consagradas campeãs no dia 30 (sábado). Os preços vão de R$ 7,50 nas arquibancadas populares e podem chegar até R$ 1,4 mil nas frisas.
Quem for assistir aos desfiles na Marquês de Sapucaí terá que apresentar o comprovante de vacinação. O documento também terá exigido no Terreirão do Samba, no Centro e nos desfiles das escolas do Grupo de Acesso, na Avenida Intendente Magalhães, na Zona Norte.
Fiscais do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária estarão nos acessos para garantir a apresentação do passaporte de vacinação.
Na sexta-feira (dia 22), desfilam Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-flor. No sábado (dia 23), Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel. No dia 30, desfilam novamente as seis escolas com as melhores notas.
Apesar da cidade se preparar para o retorno oficial do Carnaval, a festa vai ficar apenas na Sapucaí. Os blocos de rua seguem impedidos de serem realizados no Rio de Janeiro. Nesta semana, cerca de 130 blocos e associações lançaram um manifesto pedindo para que a folia de rua fosse permitida. Mas a prefeitura não voltou atrás.
Em nota, a Riotur, empresa de turismo da prefeitura, responsável pela festa, informou que fez todos os preparativos para retomar o Carnaval de rua neste ano. Porém, a disseminação da variante ômicron em janeiro fez com que a folia em fevereiro fosse cancelada e, consequentemente, o projeto foi paralisado. Agora, a impossibilidade de realização do Carnaval de rua se dá, segundo a Riotur, pelo tempo insuficiente para o planejamento.
No setor hoteleiro, a previsão é otimista. Para Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO e conselheiro da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), os hotéis da Zona Sul e Zona Oeste podem registrar até 90% de ocupação. Ele também destacou que a maior parte dos turistas que visitarem a cidade serão brasileiros e com um índice menor de estrangeiros, diferente dos outros anos.
A Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), em conjunto com o HotéisRIO, realizou um levantamento sobre a ocupação hoteleira para o segundo Carnaval deste ano. De acordo com os dados, a rede hoteleira da cidade registra uma média de 68,49% dos quartos reservados até o momento.
A pesquisa indica que o bairro de Copacabana, localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, lidera com 70,23%. Em segundo, está a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, com 68,59%; em terceiro está o Centro da cidade (66,57%), seguido por Ipanema e Leblon (64,43%). A quinta posição fica com Flamengo e Botafogo, com 61,27%.
Lopes ressalta que o Carnaval é o maior evento da capital fluminense. Dados da Riotur mostram que, em 2020, a festa foi prestigiada por 2,1 milhões de turistas, que movimentaram cerca de R$ 4 bilhões na economia carioca.
Movimentação na cidade do Rio de Janeiro
Para evitar maiores transtornos no trânsito, o município decretou ponto facultativo na quarta-feira (20) e na sexta-feira (22), e recomendou que os motoristas evitem o entorno do Marquês de Sapucaí nesses dias. A partir das 23 horas de segunda-feira (18), haverá deslocamento dos carros alegóricos e, conforme a previsão, deve haver impactos na região no entorno da Rodoviária Novo Rio, além da Avenida Brasil.
Este ano, o Centro de Operações estará ligado ao Monitoramento da Liga Independente das Escolas de Samba.Toda a movimentação na Marquês será transmitida para a Sala de Controle. As câmeras foram intsladas especialmente para os desfiles.