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    Rio de Janeiro vai ao STF para garantir distribuição proporcional de vacinas

    Prefeito diz que medida é preventiva: embora tenha aplicado 1ª dose em mais de 90% dos habitantes, cidade ainda é epicentro da variante Delta no Brasil

    Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    A prefeitura do Rio de Janeiro apresentará, nesta sexta-feira (20), uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de garantir que o município receba um número de doses da vacina contra a Covid-19 proporcional ao tamanho de sua população, de 6,7 milhões de habitantes. A peça jurídica está em elaboração pela Procuradoria Geral do Município.

    Durante a apresentação semanal do Boletim Epidemiológico, no Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio), o prefeito Eduardo Paes (PSD) confirmou a ação e explicou o objetivo da iniciativa, semelhante a uma adotada pelo governo do estado de São Paulo, que teve êxito na Suprema Corte.

    “Entrar no STF é uma medida preventiva, devido a algumas falas de autoridades de saúde, que disseram que reduziriam o envio de vacinas para municípios que atingissem determinado percentual de vacinação. Hoje nós concluímos a primeira fase de vacinação de primeira dose para adultos, mas somos o epicentro da variante Delta e queremos ter garantida, seguindo o Plano Nacional de Imunizações (PNI), a possibilidade de tomar decisões com base na nossa realidade”, afirmou o prefeito.

    O município quer priorizar, na sequência da campanha de imunização, a aplicação de uma terceira dose em idosos. A intenção é dar preferência a esse público, em vez de antecipar a aplicação da segunda dose dos mais jovens. A medida, no entanto, ainda aguarda a chancela do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19, que se reúne na próxima segunda-feira (23).

    “Precisamos proteger quem mais precisa de proteção. A situação é crítica, nós temos um aumento de casos. Estamos com o maior número de casos (ativos) de Covid-19 de 2021. Felizmente eles não estão se agravando e se transformando em óbito, sabemos que a vacinação está relacionada com isto e queremos que continue assim”, disse.

    O município encerra nessa sexta-feira o calendário regular de imunização de adultos com a primeira dose da vacina contra a Covid-19, dois meses antes do originalmente previsto, 23 de outubro. De acordo com o Painel Rio Covid-19, mantido pela SMS, 91,8% da população alvo da vacinação (acima de 18 anos) já recebeu a primeira dose ou a dose única, e 43,5% dela apresenta esquema vacinal completo.

    O Rio de Janeiro renovou também nesta sexta-feira as medidas de proteção à vida, válidas agora até 30 de agosto. Desta vez, a prorrogação ocorreu por um prazo menor. Isto porque, de acordo com a SMS, devido a alta de casos confirmados provocada pela variante Delta, a situação será acompanhada diariamente e poderá levar à adoção de medidas mais restritivas se o aumento de casos confirmados se refletir no crescimento das curvas de casos graves e óbitos.

    “A coisa ainda está quente aqui no Rio. Especialmente no Rio. O que a gente chama atenção é que não podemos permitir que esses casos se agravem e terminem em óbitos. Pedimos a colaboração da população, período no qual temos maior transmissão da doença. Vamos monitorar e, havendo agravamento, podemos voltar a tomar medidas mais restritivas”, concluiu o prefeito.

    Vacinação na Tijuca, Rio de Janeiro
    Vacinação na Tijuca, Rio de Janeiro
    Foto: Fabio Teixeira/NurPhoto via Getty Images

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