Rio de Janeiro tem uma pessoa negra morta a cada 8 horas e 24 minutos
Maioria dos mortos tinha entre 18 e 29 anos (482); crianças e adolescentes com idades entre 12 e 17 anos somam 50 pessoas
Os agentes de segurança do Rio de Janeiro mataram 1.042 pessoas negras em 2022 (86,98% dos casos com informações completas de cor e raça). É o que mostra o boletim “Pele Alvo: a bala não erra o negro”, divulgado nesta quinta-feira (16), pela Rede de Observatórios.
O estado é o segundo com mais mortos pela letalidade gerada por policiais. A cada oito horas e 24 minutos uma pessoa negra morreu em decorrência de intervenção policial em território fluminense.
O estado caiu da primeira para a segunda posição do ranking das unidades federativas com maior número de mortes por agentes de segurança, embora tenha crescido o número total de óbitos – de 1.214 em 2021 para 1.330 em 2022.
Apenas na capital foram registrados 33,4% dos casos fatais, com 444 mortes. Em seguida vem a região de São Gonçalo, com 131 casos (9,8%). Duque de Caxias registrou 129 óbitos (9,7%).
No estado, a maioria das vítimas tinha entre 18 e 29 anos, ao todo 482 óbitos (36,24% das vítimas). Crianças e adolescentes com idades entre 12 e 17 anos somam 3,76% das mortes, 50 pessoas.