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    RJ: mais de 3 mil imóveis irregulares são demolidos nos últimos anos

    A Prefeitura estima que o prejuízo causado aos responsáveis pelas obras giram em torno dos R$ 420 milhões

    Isabelle Salemeda CNN

    Um levantamento feito pela Secretaria de Ordem Pública (SEOP) mostra que, desde 2021, foram demolidas mais de três mil edificações sem autorização na cidade, sendo 70% delas em áreas dominada pelo crime organizado.

    A Prefeitura estima que o prejuízo causado aos responsáveis pelas obras irregulares giram em torno dos R$ 420 milhões.

    Na manhã desta quarta-feira (22), um prédio de sete pavimentos, construído em um local em que os parâmetros urbanísticos permitem apenas edificações de até dois andares, começou a ser demolido no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade. A região é recordista em ações desse tipo.

    Por fora, o edifício, que ocupa uma área de aproximadamente 500 m² próximo a Comunidade do Terreirão, parecia um prédio residencial comum, com 48 apartamentos. No entanto, as imagens internas, feitas pela SEOP, mostram que cinco dos pavimentos estavam em fase de acabamento e o último ainda com as estruturas sendo feitas.

    “Sabemos que essa milícia da região faz uso do mercado imobiliário ilegal como forma de lavagem de dinheiro, como forma de lucrar, então é um jeito da prefeitura contribuir também nessa asfixia financeira do crime organizado. (…) São construções sem nenhum tipo de segurança, licença ou autorização, e nós também cumprimos a missão de ordenar a cidade, e vamos continuar fazendo esse trabalho, especialmente na zona oeste, onde esse tipo de ilegalidade acaba sendo mais frequente”, enfatiza o Secretário de Ordem Pública do Rio, Brenno Carnevale.

    Segundo a SEOP, os responsáveis por esse prédio já haviam sido notificados sobre o embargo da obra e mesmo assim aceleraram as construções. Engenheiros da Prefeitura estimam um prejuízo de R$ 13 milhões aos construtores.

    A ação desta quarta-feira (22) foi em parceria com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público, que tem o objetivo de apurar eventuais indícios da prática de crimes ambientais e de organização criminosa e, assim, promover a responsabilização criminal dos responsáveis pela construção ilegal.

    A demolição também contou com apoio de agentes da Guarda Municipal, da Comlurb, Light, Cedae, Rio Luz, Secretaria de Habitação e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MPRJ.

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