Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Rio de Janeiro deve ficar ao menos uma semana sem vacina e atrasar calendário

    Falta de doses acontece enquanto a cidade aguarda uma nova remessa de vacinas de Oxford ou do Butantan

    Pedro Duran, da CNN, no Rio de Janeiro

    A cidade do Rio de Janeiro deve ter a campanha de vacinação interrompida por pelo menos uma semana pela falta de doses da vacina contra o coronavírus. É o tempo mínimo para chegar uma nova remessa de vacinas de Oxford ou do Butantan. Até terça-feira (23/2), nenhuma dessas vacinas deve chegar ao Rio.

    O anúncio de que a campanha seria interrompida foi feito pelo prefeito Eduardo Paes em sua conta no Twitter na manhã desta segunda-feira (15/2). “Recebi a notícia de que não chegaram novas doses. Teremos que interromper amanhã nossa campanha. Hoje vacinamos pessoas de 84 anos e amanhã de 83”, disse Paes.

    Velha guarda do samba se vacina em Sambódromo da Marquês de Sapucaí
    Velha guarda do samba se vacina em Sambódromo da Marquês de Sapucaí (13.fev.2021)
    Foto: Reprodução / CNN

    Atualizado nesse domingo (14/2), o monitor de pessoas vacinadas pelo governo estadual do Rio de Janeiro apontava 370 mil vacinados. Já o da prefeitura da capital fluminense indicava 254 mil vacinados até a tarde dessa segunda (15/2).

    No caso do Butantan, a Coronavac segue em produção pelo instituto. Os insumos vindos da China chegaram em São Paulo no dia 3 de fevereiro. O Instituto previu 20 dias para terminar de produzir a primeira leva das 8,7 milhões de doses capazes de serem fabricadas com a matéria prima importada. Internamente, o Butantan estima que vai cumprir o prazo, entregando as doses no dia 23/2 ao Ministério.

    Enquanto não entrega as doses fabricadas com insumos também vindos da China, a Fiocruz negocia a compra de mais 2 milhões de doses. A expectativa é que eles cheguem na semana que vem ao Rio, mas ainda precisarão de um dia pra rotulagem e antes de serem recolhidos pela prefeitura do Rio vão para o centro de armazenagem do estado, em Niterói. Ou seja, a menos que a Fundação consiga antecipar o transporte da vacina, não há chances de ela estar nos postos cariocas antes de quarta que vem, dia 24/2.

    Ainda havia a expectativa da compra de 30 milhões de doses das vacinas da Índia, a Covaxin, do laboratório Precisa, e da Rússia, a Sputinik V, do Instituo Gamaleya. Mas como essas duas vacinas ainda precisam de autorização para uso emergencial da Anvisa, transporte, rotulagem e distribuição, o cenário mais provável é que o processo só seja concluído no início de março no melhor dos cenários.

    Calendário atrasado

    O calendário carioca previa que no dia 27 de fevereiro todas as pessoas com 75 anos ou mais tenham sido vacinadas. Com o impasse, a vacinação deve ser concluída pelo menos no dia 6 de março, caso não haja novos agrupamentos do público alvo.

    Tópicos