Rio de Janeiro assina compromisso para reduzir combustíveis fósseis

Às vésperas da COP26 (Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas), em Glasgow, na Escócia, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), se comprometeu, nesta terça-feira (26), a reduzir os investimentos em combustíveis fósseis, como carvão mineral, gás natural e petróleo.

Esses combustíveis contêm alta quantidade de carbono, usados para alimentar a combustão, ou seja, são os que mais contribuem  para o aquecimento global. O compromisso do Rio foi selado em reunião da C40, grupo de grandes cidades mundiais empenhado em debater e combater a mudança climática.

A capital fluminense se junta a outras 1.484 instituições públicas e privadas, de 70 países, na “Declaração de Desinvestimento de Combustíveis Fósseis, Investindo em um Futuro Sustentável” e passa a ser a primeira cidade da América Latina a assinar a declaração.

Para o diretor-executivo da C40, Mark Watts, a adesão do Rio de Janeiro à iniciativa climática é significativa, já que a cidade é a principal dependente financeira dos combustíveis fósseis por conta dos royalties do petróleo no Brasil.

Durante a reunião do C40, o diretor de finanças climáticas da Stand Earth, Richard Brooks, definiu o que as cidades precisam fazer para conseguirem executar o compromisso assumido. “É simples, tire o dinheiro do ruim e o coloque no que é bom”, disparou.

Investimento de R$ 5,4 bilhões

O Rio anunciou que vai investir aproximadamente R$ 5,4 bilhões em ações de saneamento, saúde, educação e mobilidade urbana. A quantia será utilizada por meio do “Plano Rio Futuro” em diferentes projetos até 2024.

De acordo com Paes, o financiamento veio do leilão da concessão de saneamento da Cedae na cidade.A regulamentação do crédito de Carbono é debatida desde o Acordo de Paris (2015) e também será discutida por líderes mundiais das principias nações na COP26.

Até o momento, 120 lideranças mundiais confirmaram presença no evento.