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    Restritos às águas brasileiras, cruzeiros reinventam rotas para temporada 2022

    Navios que faziam trechos entre Brasil, Argentina e Uruguai terão itinerários pelo litoral do Brasil

    Amábyle Sandrida CNN , no Rio de Janeiro

    Com a liberação do governo federal para a retomada dos cruzeiros exclusivamente em águas brasileiras, as companhias marítimas viram na abertura do mercado uma oportunidade para criar: navios que antes faziam rotas pela América do Sul foram redirecionados para destinos no litoral do Brasil.

    Segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA), a temporada 2021/22, que vai de 31 de outubro até 19 de abril, terá mais de 566 mil leitos ofertados.

    Cinco embarcações se dividirão entre 129 itinerários que incluem as cidades do Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo e Recife.

    A MSC Cruzeiros foi uma das companhias que atualizou os roteiros para se adequar às diretrizes previstas na portaria nº 658 de 5 de outubro de 2021, dos Ministérios da Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Saúde e Infraestrutura.

    No lugar de Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este, a empresa apostou em cidades de Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia e Alagoas.

    “Embora restrita às águas brasileiras, esta é a oportunidade de retorno ao mar para os hóspedes que gostam de cruzeiros. Já retomamos nossas operações em diversas partes do mundo, há mais de um ano, e traremos essa experiência sólida para as nossas navegações no país”, explica o diretor geral da MSC Cruzeiros no Brasil, Adrian Ursilli.

    As condições sanitárias para embarque e desembarque de passageiros e tribulação ainda serão definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    Além disso, a portaria federal atribui aos governos do estado e municípios a regulamentação de um Plano de Operacionalização que estabeleça as condições para assistência em saúde dos passageiros desembarcados em seus territórios e para execução local da vigilância epidemiológica ativa.

    Enquanto isso, de acordo com a CLIA, as companhias marítimas se adequam aos pilares a serem detalhados pela Anvisa, antes mesmo da definição do protocolo oficial.

    Por enquanto, as medidas de iniciativa própria incluem: testes pré-embarque em todos os hóspedes, com triagem rigorosa; tripulantes vacinados, com três testes antes de entrar em serviço e quarentena; uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes; e plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com todos os modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes.

    “As excursões seguirão os protocolos das Companhias Marítimas e dos municípios, para que as pessoas possam desfrutar ao máximo do lazer com muita segurança”, afirma em nota.

    A expectativa é de que nessa temporada de cruzeiros marítimos o impacto econômico seja R$260 milhões superior à temporada de 2019/2020, alcançando 2.5 bilhões de reais na economia nacional. Já a geração de emprego chegará a 35 mil empregos – 1.255 pessoas empregadas a mais que no mesmo período do ano passado.

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