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    Representatividade negra passa por ensinar crianças sobre diversidade, diz professor

    À CNN Rádio, Rodrigo França afirmou que não há um único padrão de beleza e que exemplos disso são necessários tanto para crianças negras quanto brancas

    Amanda Garciada CNN , São Paulo

    O professor, cineasta e filósofo Rodrigo França acredita que faltam referências para crianças negras e que a ausência de representatividade no setor audiovisual é um problema a ser combatido.

    Em entrevista na CNN Rádio, no quadro CNN No Plural, o autor de “O Pequeno Príncipe Preto” falou sobre o tema: “A população negra no Brasil é de 56%, quando vai no mercado de brinquedos, eles não chegam a 7% de traços negroides, como a criança negra tem um referencial para poder se espelhar? Se não consegue se enxergar em exemplos positivos?”

    Ele explica que a representatividade nada mais é do que um processo de construção social. “Quando pensa no lúdico, se enxergar no audiovisual é a construção do que é bonito ou feio, o que tem confiabilidade e o que não tem.”

    França admite que houve avanços, mas que eles não foram suficientes para um impacto necessário na sociedade.

    Ele avalia que a educação de crianças precisa ser diversa, “é fácil para elas, não podemos subestimá-las, é necessário ensinar sobre subjetividade, que não existe um único padrão de beleza, de confiabilidade, precisa oferecer a diversidade”.

    “Uma boneca negra é para a população branca também, oferece possibilidade, não coloco como exclusividade uma única raça, estou tirando uma única característica e colocando diversas”, completou.

    Rodrigo França disse ter esperança de que a representatividade vai conquistar mais espaços nos próximos anos. “Tem uma garotada assumindo um legado de ratificar, se posicionar, em relação à diversidade, pautas que ficavam no universo da academia ou movimento negro, estão aí de maneira democrática e estão discutindo mais.”

    “A gente precisa agir, a população negra está fazendo sua parte, as pessoas brancas que se colocam como antirracistas e aliadas, precisam assumir o lugar de privilégio e elaborar posicionamento concreto em relação a sua própria existência, todo mundo tem possibilidade de rever a posição na estrutura”, defendeu.

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