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    Relembre a chacina da Candelária, tema de minissérie que estreia hoje

    Crime tirou a vida de oito meninos e adolescentes há mais de 30 anos, no Rio de Janeiro.

    Da CNN

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    Estreia nesta quarta-feira (30), “Os Quatro da Candelária”, na Netflix. A minissérie é inspirada na Chacina da Candelária, crime que tirou a vida de oito meninos e adolescentes.

    A chacina completou 30 anos no ano passado e recebe o nome do local onde ocorreu: a Igreja da Candelária, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Policiais militares e um ex-policial foram condenados pelo massacre, todos com penas que superam os 200 anos de prisão.

    A minissérie tem quatro episódios, que contam a história de quatro crianças em situação de rua: Jesus, Douglas, Sete e Pipoca. Os personagens são interpretados por Andrei Marques, Samuel Silva, Patrick Congo e Wendy Queiroz.

    “Enquanto tentam sobreviver nas ruas, quatro amigos buscam apoio uns nos outros e sonham com um futuro melhor. Até que uma tragédia acontece”, descreve o streaming na apresentação da minissérie.

    23 de julho de 1993

    Os menores e jovens vítimas da tragédia integravam um grupo de mais de 40 pessoas em situação de rua que dormiam na região da Igreja Candelária, considerada uma joia arquitetônica e cultural do Rio de Janeiro.

    A igreja, com mais de quatro séculos de história, foi palco da chacina feita por policiais e um ex-policial militar. A ação foi motivada pelo fato dos garotos terem jogado pedras em um carro da Polícia Militar um dia antes do crime, que ocorreu em 23 de junho de 1993.

    Dois policiais militares e o ex-policial foram condenados pelo massacre, todos com penas que superam os 200 anos de prisão. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJSP), o PM Nelson Oliveira dos Santos cumpriu pena até sua extinção, em 2008.

    Já o PM Marco Aurélio Dias de Alcântara e o ex-PM Marcus Vinícius Emmanuel Borges cumpriram suas penas até receberem indultos em 2011 e 2012, respectivamente.

    O jovem Wagner dos Santos foi um dos sobreviventes da chacina e peça chave para esclarecimento do crime. O garoto foi colocado no porta-malas de um dos carros dos assassinos e foi baleado com quatro tiros.

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