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    Rede privada do Amazonas só têm oxigênio para 36 horas

    Hospitais particulares já se preparam para um possível colapse no atendimento se o estoque não for normalizado

    Beatriz Puente, da CNN, no Rio de Janeiro*

    Com a crise instaurada nos hospitais públicos do Amazonas, os hospitais particulares já se preparam para um possível colapso. A CNN apurou que a rede privada só tem cilindros de oxigênio para suprir a demanda pelas próximas 36 horas, ou seja, até a tarde de domingo (17). Para se ter uma noção da gravidade de problema, com 30 horas de oxigênio, a situação já é considerada de emergência. As informações foram confirmadas pelo secretário geral da Federação Brasileira de Hospitais, Aramicy Pinto.

    Segundo o secretário, o último abastecimento chegou aos hospitais na madrugada desta sexta-feira (15). A previsão de chegada do próximo carregamento é de 24 horas, mas, dependendo da alta demanda, o prazo pode atrasar. O risco da falta de oxigênio no estado ainda é grande, já que as reservas estão baixas. Os hospitais monitoram todas as cargas que devem chegar ao estado nas próximas horas, mas Aramicy ressalta que o novo abastecimento não estabiliza a situação dos hospitais.

    O governo do Amazonas também já requisitou administrativamente o eventual estoque e produção de oxigênio de 17 indústrias do polo industrial de Manaus para que seja distribuído aos hospitais.

    Três aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) foram utilizados para levar a outras cidades do país pacientes com Covid-19 internados em Manaus. O primeiro embarque ocorreu nesta manhã (15). As aeronaves deixaram Manaus com nove pacientes e cinco médicos com destino a Teresina, no Piauí.

    A Venezuela anunciou por meio do ministro da Relações Anteriores, Jorge Arreaza, que também vai fornecer o material ao estado.

    *Sob supervisão de Camille Couto

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