Queda de helicóptero em SP: aeronave bateu em árvore, diz investigação
Aeronave ficou desaparecida por 12 dias; quatro pessoas morreram no acidente
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), divulgou dados preliminares da investigação da queda helicóptero em Paraibuna, no interior de São Paulo. “A aeronave decolou do aeródromo Campo de Marte (SBMT), São Paulo com destino ao heliponto Maroum (SJDO), Ilhabela, com um tripulante e três passageiros a bordo, a fim de realizar voo privado. Durante o voo, a aeronave colidiu com a vegetação em área de mata do município de Paraibuna.”, diz o Cenipa.
O helicóptero PR-HDB era pilotado por Cassiano Tete Teodoro, 44 anos. Além dele, estavam no voo o empresário Raphael Torres, 41, a comerciante Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20. Os corpos das quatro vítimas foram enterrados no último domingo (14) em São Paulo.
Relembre o caso
O helicóptero, um Robinson R44 fabricado em 2001, decolou no início da tarde do dia 31 de dezembro do aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, e iria para Ilhabela, no litoral norte do estado, mas não chegou ao destino.
A aeronave ficou desaparecida por 12 dias, sendo localizada pelo Comando de Aviação da Polícia Militarem região da mata fechada, em Paraibuna, no interior paulista. Antes da queda, o helicóptero havia feito um pouso de emergência perto da represa de Paraibuna, a cerca de 10 quilômetros do local onde os destroços foram encontrados.
Em conversas com o operador do heliponto, o piloto havia manifestado dificuldade para voar em razão das nuvens. Passageiros também chegaram a mandar mensagens a pessoas próximas nas quais disseram que o tempo estava ruim.
O coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, chefe do Comando de Aviação da PM, afirmou que ainda não é possível esclarecer o que provocou a queda, mas que é possível que o mau tempo tenha contribuído para o acidente. “Ele [o piloto] pode entrar no mau tempo, perder visibilidade e a consciência situacional e desorientar. É comum para quem entra inadvertidamente na área de nuvem”, explica.
“Ele saiu [do local onde a aeronave havia pousado], voou um pouco, ficou tentando escapar das nuvens para retornar a São Paulo e não conseguiu, infelizmente”, diz o delegado Paulo Sérgio Rios Campos Melo, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), da Polícia Civil de São Paulo.