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    Quase metade dos abrigos no Rio Grande do Sul não tem equipes de segurança

    Censo do governo mostra que mais de 30% dos alojamentos não têm atendimento psicossocial para vítimas após perderem as casas pelas enchentes

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    Cerca de 45% dos abrigos no Rio Grande do Sul para vítimas das enchentes não têm equipes de segurança. Os dados são do censo parcial divulgado pelo governo do estado que aplicou questionários a 60% dos alojamentos, até esta quinta-feira (16).

    O censo mostra que 262 abrigos não têm agentes atuando na proteção dos desabrigados e voluntários, em meio às enchentes que atingem o estado. Apenas em Porto Alegre (RS), 44 alojamentos estão desprotegidos, assim 41 em Guaíba (RS) e 26 em Canoas (RS). Entre os abrigos sem segurança, cerca de 10% é gerido por voluntários.

    O governo realizou no último sábado (11) uma reunião no Gabinete de Crise da Região Metropolitana para compatibilizar as questões referentes à segurança nos abrigos de Porto Alegre.“Nosso objetivo é reforçar a segurança nesses espaços de acolhimento, onde já há tanto sofrimento e dor das pessoas que tiveram que sair de suas casas”, afirmou Gabriel Souza, vice-governador.

    Em nota à CNN, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informa que está com todo o contingente possível de servidores da Polícia Civil (PC), da Brigada Militar (BM) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e que governo estadual está atuando para combater todo tipo de crime e a situação dos abrigos é monitorada constantemente. O comunicado ainda informa que, esses locais, são feitas rondas por patrulhas da BM.

    18% não têm equipe de saúde e mais de 30% não tem atendimento psicossocial

    A prévia do censo também mostra que 33,6% dos abrigos visitados não tem atendimento psicossocial e quase 18% não tem equipes de saúde no local a serviço das vítimas das enchentes. Ao todo, são 196 alojamentos sem equipes de saúde.

    A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informa, em nota, que foi feito um repasse extraordinário de R$ 12 milhões para contratação de novas Equipes Multiprofissionais de Saúde Mental na Atenção Primária em Saúde para 84 municípios atingidos gravemente pelas enchentes.