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    Quase 15 toneladas de lixo hospitalar são apreendidas no Porto de Suape

    Carga contaminada veio de Portugal e foi apreendida pela Alfândega da Receita Federal, em Pernambuco

    Diego Barrosda CNN , em Recife

    Um contêiner com o lixo hospitalar foi apontado como suspeito pelas autoridades da alfândega, após uma análise de riscos em todas as cargas que circulam pelo Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife. Diante disso, uma inspeção de carga foi requisitada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

    A carga havia sido declarada pelo importador como “polímeros de cloreto de vinila”, mais conhecido como PVC, mas, na verdade, eram mangueiras, bolsas para sangue e outros resíduos sólidos hospitalares.

    Ao todo eram 14,8 toneladas de lixo hospitalar, segundo a Receita Federal, em Pernambuco. A carga contaminada saiu de Portugal e foi apreendida. Dentro das sacolas estavam vários materiais utilizados para administrar medicações endovenosas, mangueiras e bolsas para sangue, entre outros objetos, que também estavam no contêiner.

    Para realizar a inspeção, a Receita Federal enviou ofício à Anvisa no dia 16 de fevereiro, relatando o fato e solicitando apoio na verificação da carga.

    Na sexta-feira (17), a Anvisa vistoriou as mercadorias e confirmou as suspeitas. A carga, de fato, era de resíduo sólido hospitalar. O caso foi divulgado nesta quinta-feira (23).

    A vistoria conjunta da Receita Federal e Anvisa da carga, procedente de Portugal, foi realizada no recinto alfandegado do Porto de Suape. De acordo com a inspeção física, a mercadoria foi caracterizada como resíduo de material hospitalar, cuja importação não é autorizada.

    A mercadoria continua apreendida pela Receita Federal no Porto de Suape, até que o importador seja intimado para providenciar a devolução ao exterior.

    A Auditora-Fiscal, Daniela Vieira Cavalcanti, delegada da Alfândega do Recife, lembrou que “tivemos um caso semelhante em 2011, quando um importador recebeu alguns contêineres com lençóis hospitalares usados. Em 2021, outra ocorrência chamou a atenção pois estávamos no meio de uma pandemia e o material podia ter sido utilizado, inclusive, em pacientes”.

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