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    Quais conflitos pelo mundo podem cair no Enem? Saiba o que estudar

    Conflitos no Oriente Médio, Europa, África e Ásia são citados por professores entre possibilidades para o exame deste ano

    Leonardo Rodriguesda CNN , São Paulo

    O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. Além de temas tradicionais, como a Segunda Guerra Mundial, é comum que os candidatos se deparem com conflitos ativos em perguntas da prova, especialmente nas questões de Geografia e Atualidades.

    A CNN ouviu professores de algumas das principais instituições de cursinhos preparatórios para Enem e vestibulares para saber em quais desses embates internacionais os candidatos devem concentrar seus estudos para o exame.

    Como antecipar o que vai cair?

    “Observando a recorrência em provas anteriores”, aconselha Bruno Queiroz, professor de Geografia no Ensino Médio do Bernoulli.

    Ele ressalta que não é possível “prever” as questões, mas observar as perguntas de anos passados do Enem e dos vestibulares da Fuvest (para a Universidade de São Paulo) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é um bom caminho para se preparar.

    Além disso, no caso específico dos conflitos globais, o professor indica se atentar “aqueles que impactaram a geopolítica do mundo na última década”.

    Israel x Hamas

    As provas do Enem já estão preparadas e impressas e, portanto, os ataques terroristas de 7 de outubro e seus desdobramentos, apesar da relevância, não estarão nelas.

    Houve um consenso entre os professores ouvidos, porém, de que o conflito que envolve Israel, o Hamas e a Palestina, que dura mais de 70 anos, deve estar no exame de 2023. A questão árabe-israelense é, segundo Bruno Queiroz, “a mais recorrente no Enem e em provas de vestibular”.

    O professor de Geografia e Atualidades Tiago Santos Salgado, do Poliedro Curso, lembra que há uma “longa tradição de disputas” envolvendo o território palestino. Ele orienta os candidatos a “compreender a historicidade do conflito para conseguir analisar seu momento”, e não focar nos episódios mais recentes.

    Vera Lúcia Antunes, coordenadora pedagógica do Objetivo e professora de Geografia, destaca que a relação Israel-Palestina esteve em “ao menos quatro edições” do Enem e pondera que conflitos com “fatos consolidados”, como é o caso, são os mais habituais.

    Veja imagens desse conflito:

    Rússia x Ucrânia

    Outra “unanimidade” para os professores é a guerra entre Rússia e Ucrânia, em curso desde fevereiro de 2022.

    Como no embate Israel-Palestina, as origens desse também são mais antigas. A professora Vera lembra que, no último Enem, a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, ganhou uma pergunta.

    “É um conflito importante também por se relacionar a outros conteúdos que podem ser cobrados na prova, como a formação e o fim da União Soviética”, diz Tiago.

    Bruno pondera que, além do confronto bélico, a guerra mobilizou embargos econômicos de diversos países, o que demonstra seu impacto na geopolítica para além dos dois países envolvidos.

    Outros conflitos para ficar de olho

    Para o professor Bruno Queiroz, além dos conflitos militares, propriamente ditos, a geopolítica da China pode ser abordada no Enem: “Ela incide sobre guerras comerciais, questões econômicas e áreas de influência, além da tensão internacional com Taiwan“.

    O governo chinês ameaça Taiwan, que tem um governo próprio desde 1949, com a possibilidade de uma invasão militar.

    Já a região do Sahel, no continente africano, tem o “maior índice de fome no mundo, problemas sociais gravíssimos e uma série de quedas de governo e ascensão de governos militares” como fatores que a colocam em evidência para o exame deste ano, segundo Vera Antunes.

    Bruno descreve o território, que cruza o continente de Senegal à Etiópia, como o “cinturão do golpe” na África.

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