Quadrilha suspeita de extorquir R$ 1,4 milhão de idoso é presa no Espírito Santo
Integrantes eram vizinhos da vítima e faziam ameaças constantes
A Polícia Civil do Espírito Santo e a Polícia Rodoviária Federal prenderam quatro pessoas de uma mesma família acusadas de extorquir um idoso através de ameaças. As prisões ocorreram em novembro de 2023 e as informações foram divulgadas nesta quarta (17).
No total, a vítima teve um prejuízo de R$1,4 milhão.
As investigações começaram após o idoso comparecer à delegacia em desespero e contou que não aguentava mais ser extorquido e que havia dois anos que sofria ameaças constantes e mandava dinheiro para os criminosos.
Segundo o relato da vítima, os infratores mandavam fotos da família do idoso, do seu local de trabalho e da escola dos netos dele, junto com fotos de armas e ameaças de que se não fosse feita a transferência, traficantes da região iriam sequestrar a família dele.
Inicialmente os criminosos pediam transferências de R$ 10 mil, porém a quantia foi crescendo e no final já era solicitado R$ 200 mil. Com isso, o idoso criou uma dívida de mensal de R$ 30 mil, porque ele teve que adquirir empréstimos para pagar a quantia pedida.
Quando as investigações começaram, foi identificado que se tratava dos vizinhos da vítima que já haviam sido ajudados pelo idoso há 30 anos e resolveram se juntar para dar o golpe no mesmo.
Os criminosos são da mesma família, sendo a mãe, dois filhos e um amigo da filha. Um deles possui passagem por tráfico interestadual e estelionato.
Assim que foram identificados, a Polícia Civil foi até a casa dos suspeitos, porém só conseguiu prender em flagrante um integrante, os outros três ficaram foragidos e continuaram a ameaçar o idoso de morte.
A Polícia Civil conseguiu através de uma medida de urgência localizar os três integrantes que estavam em uma pousada usando o dinheiro da vítima, eles também foram presos em flagrante e vão responder pelo crime de extorsão.
Os agentes apreenderam dois carros, sendo eles um Jeep Compass e um HB20, além de um apartamento de médio padrão, além de uma agenda que relatava toda a extorsão durante dois anos com todos os dados de pagamentos. O telefone usado para os golpes também está na mão dos policiais.
A polícia trabalha com a hipótese de que os veículos e imóvel foram adquiridos com o dinheiro da extorsão.
