Quadrilha de motoristas de aplicativos que sequestrava, roubava e estuprava passageiras é presa em SP
Três criminosos foram detidos em flagrante na pela Polícia Civil; um quarto suspeito conseguiu fugir após troca de tiros e é procurado
A Polícia Civil de São Paulo prendeu uma quadrilha de motoristas de carros de aplicativos na noite da segunda-feira (13). Os criminosos são acusados de sequestrar, roubar, estuprar e abusar sexualmente de passageiras sempre desacompanhadas.
Durante a prisão em flagrante dos três homens, na região de São Miguel Paulista, Zona Leste da capital paulista, houve troca de tiros entre os criminosos e os policiais. Não houve feridos.
Um quarto comparsa do grupo conseguiu fugir. Segundo a polícia, ele foi identificado e está sendo procurado.
Na ação, uma mulher que havia sido sequestrada ao pedir o carro na região do Jardins foi libertada. Ela estava dentro do carro usado pela quadrilha.
Segundo a polícia, os bandidos não chegaram a roubar ou abusar sexualmente da vítima, mas pretendia levá-la para um cativeiro em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.
A polícia havia registrado seis crimes contra passageiras
Os criminosos já eram investigados por usarem carros de aplicativo para cometer crimes contra outras seis passageiras neste ano na Grande São Paulo.
Ainda segundo a apuração da polícia, todas as vítimas foram sequestradas e roubadas.
Algumas delas também acabaram estupradas ou violentadas sexualmente pelos bandidos.
Em nota, a Uber lamentou o ocorrido e informou que coopera com a Justiça através de um canal para solicitação de dados no caso de investigações ou processos de persecução criminal disponíveis 24 horas por dia para processar as demandas.
A empresa afirmou que realiza checagens periódicas de antecedentes criminais dos motoristas da plataforma, além de outros mecanismos de segurança.
“Desde 2018, a empresa [Uber] mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso. Mais recentemente, anunciamos, em parceria com o MeToo, um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma”, disse a empresa.
“Segurança é prioridade para a Uber e a empresa está sempre buscando, por meio da tecnologia, fazer da sua plataforma a mais segura possível, de uma forma escalável, com recursos como por exemplo o de compartilhar a viagem, que permite a pessoas de confiança do usuário seguirem a rota realizada em tempo real”, complementou.
A inDrive Brasil também lamentou o ocorrido e informou que “bloqueou permanentemente os envolvidos que tinham registro em nossa plataforma”.
“Desde o início das investigações, a empresa vem prestando suporte direto às operações policiais. A inDrive preza pela segurança e bem estar dos seus usuários e continua em contato com as autoridades e vítimas para dar todo o auxílio”, afirmou a empresa em nota.
A CNN tenta contato com a empresa de aplicativo de transporte individual 99.
(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Renan Fiuza, Barbara Brambila e Marcos Guedes, da CNN)