Projeto começa a mapear população infectada por coronavírus na cidade de SP
Objetivo é orientar flexibilização da quarentena na capital paulista
Começou nesta quinta-feira (30), em seis bairros de São Paulo, um projeto de pesquisa que pretende determinar a porcentagem da população da capital paulista que já foi infectada e criou anticorpos para o novo coronavírus.
O objetivo é utilizar esta formulação na elaboração do plano que flexibilizará a quarentena e reabrirá gradualmente a economia na cidade de São Paulo, que é o epicentro da pandemia no país. Os resultados serão compartilhados com os gestores públicos.
O projeto é composto por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), colaboradores da empresa Ibope Inteligência, do Grupo Fleury, da ONG Instituto Semeia, e conta com apoio da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro para Contingência do Coronavírus em São Paulo.
De acordo com a Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de SP), a primeira etapa do projeto coletará informações em domicílios através de um questionário, e amostras de sangue de 500 moradores para análise laboratorial. “Acreditamos que em no máximo seis dias após o início da coleta os primeiros resultados estejam disponíveis”, afirmou o médico Celso Granato, professor da Unifesp.
Os seis bairros que participam da primeira etapa do projeto são os que apresentaram, segundo os dados da prefeitura, a maior incidência de infecção e mortes (número de ocorrências por 100 mil habitantes). Morumbi, Jardim Paulista e Bela Vista possuem a maior incidência de casos, e Água Rasa, Belém e Pari, a maior incidência de mortes.