Prisão de ex-ministro da Educação, valor do auxílio a caminhoneiros e mais de 22 de junho
Milton Ribeiro é investigado por suposto envolvimento em esquema de corrupção


A prisão preventiva do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro por suposto envolvimento em esquema de corrupção na pasta, e o valor do auxílio para caminhoneiros, estão entre os assuntos desta quarta-feira (22).
Prisão Milton Ribeiro
Após o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro ser preso preventivamente em Santos, seus aliados informaram à CNN que ele recebeu R$ 50 mil em sua conta bancária depositados pelo pastor Gilmar Santos, um dos investigados pela Polícia Federal por um suposto esquema de corrupção na pasta. Santos também foi preso na operação, além do pastor Arilton Moura. O advogado de Ribeiro, Daniel Bialski, disse desconhecer com precisão o valor do depósito, mas confirmou que houve, sim, uma transação financeira entre o pastor e o ministro enquanto ele estava no cargo e que ocorreu em decorrência da venda de um carro, uma Ecosport, que pertencia à esposa do ministro.
Bolsonaro repercute prisão
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou, em entrevista à rádio Itatiaia, sobre a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. “O caso do Milton, pelo que eu estou sabendo, é aquela questão que ele estava, estaria com a conversa meio informal demais com algumas pessoas de confiança dele. E daí houve denúncia que ele teria buscado prefeito, gente dele para negociar, para liberar recurso, isso e aquilo. E o que aconteceu? Nós afastamos ele. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal que a Polícia Federal está agindo”, disse.
O Ministério da Educação (MEC) também se posicionou em relação à prisão, dizendo que “não compactua com qualquer ato irregular”. Em nota de esclarecimento, o Ministério afirmou que recebeu, nesta quarta (22), uma equipe da Polícia Federal “para continuar colaborando com todas as instâncias de investigação que envolvem a gestão anterior da pasta”.
“Voucher caminhoneiro”
Fontes da equipe econômica confirmaram à CNN que o “voucher caminhoneiro” pode chegar a R$ 1.000 por mês durante seis meses. Ainda não há estimativa do valor total, mas supera R$ 4 bilhões. O martelo ainda não está batido, porque os técnicos estão em busca de novas fontes de recursos. A estimativa inicial era de que ficasse em R$ 400 — valor similar ao Auxilio Brasil. O voucher é um subsídio aos caminhoneiros para compensar a forte alta do preço do diesel.
Procuradora agredida
A procuradora-geral de Registro (SP), Gabriela Samadello Monteiro de Barros, disse em novo depoimento à Polícia Civil ter “muito receio não somente de trabalhar no mesmo ambiente que ele, mas também de encontrá-lo em qualquer lugar”, em referência ao também procurador do município Demétrius Oliveira de Macedo, que foi gravado agredindo a colega na segunda-feira (20), aos socos e pontapés. Em depoimento obtido com exclusividade pela CNN, ao descrever que as agressões “só cessaram após o investigado ser contido pelos demais funcionários” e que havia “se escondido em uma sala e se trancado”, Gabriela disse à polícia acreditar que “o elemento subjetivo que animou o autor seria levá-la a óbito”.
Protesto na Argentina
Os sindicatos de transporte da Argentina iniciaram um protesto com bloqueios de estradas em diferentes partes do país contra a escassez de diesel e preços excessivos de combustível. Em um momento em que a Argentina está no auge da safra de grãos, bloqueios nas estradas geraram sete quilômetros de congestionamento nos arredores de Buenos Aires. O país é um dos maiores exportadores mundiais de milho e soja.
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* Publicado por Renata Souza