Previsão indica domingo de calor em quase todo Brasil durante votação
Mais de 155 milhões de brasileiros estão aptos para votar, em dia quente em quase todo país
O primeiro turno das eleições municipais de 2024, neste domingo (6), deve ser de calor em quase todas as regiões do Brasil. As informações são do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis).
De acordo com o mapa do Índice de Risco Climático (IRC), no domingo, as eleições ocorrem com altas temperaturas nas regiões Norte, Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste. As altas temperaturas previstas foram analisadas com base no modelo de previsão da NOAA.
Na região Sudeste, em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, a máxima deve bater 24ºC. Na região centro-oeste, Goiás é o estado com mais eleitores. Por lá, a temperatura máxima deve chegar a 39ºC. Na Bahia, maior colégio eleitoral da região Nordeste, a previsão indica máxima de 27ºC, na capital Salvador. Na região norte, o calor deve bater 34ºC, em Belém do Pará. As temperaturas ficam amenas durante o fim da tarde.
Tempo e eleições
Para o fundador do Laboratório Lapis, Humberto Barbosa, quantificar o risco climático é útil para a tomada de decisão nos municípios brasileiros. Hoje, já é possível estimar como a mudança climática alterou as temperaturas diárias, em qualquer localidade.
O Instituto elaborou um mapa é baseado no IRC, que varia de -5 a +5, indicando o impacto da mudança climática sobre o aumento da temperatura local. Um nível do IRC em +5 indica que as mudanças climáticas antrópicas tornaram o calor extremo pelo menos 5 vezes maior no município. Veja o mapa.
Há aquecimento anormal das águas do Atlântico, em grande parte do litoral brasileiro, com exceção da costa leste do Nordeste. Em áreas do Centro-Sul, a atuação de uma fase seca da Oscilação Madden-Julian (MJO) pode deixar o tempo mais seco.
“Essa onda de calor não é natural, mas provocada pela degradação ambiental, principalmente pelo desmatamento e queimadas, além da seca severa. As partículas de fumaça dos incêndios florestais na Amazônia Legal são transportadas para essas regiões e provocam uma onda de calor”, explica Humberto Barbosa, fundador do Laboratório Lapis e responsável pelo monitoramento.