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    Preso, sócio de Nego Di tem histórico em outro esquema que desviou mais de R$ 30 milhões no RS

    Investigação de 2020 do Ministério Público do Rio Grande do Sul apura atuação de Anderson Bonetti em caso envolvendo desvio em contas bancárias

    Thomaz CoelhoRafael Villarroelda CNN* Em São Paulo

    O sócio do humorista Nego Di, Anderson Bonetti, preso na segunda-feira (22), também é investigado em outro crime milionário.

    Em junho de 2020, Bonetti teria participado de um esquema que desviou R$ 35 milhões de grandes empresas, segundo informou o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) na época.

    Bonetti foi um dos 13 alvos de busca e apreensão pelo MP-RS na Operação Criptoshow, realizada em 2020.

    De acordo com o Ministério Público, pelo menos R$ 18 milhões do total desviado foram convertidos em bitcoins em nome de terceiros.

    A operação buscava desarticular organização criminosa que burlou esquema de segurança digital de um grande banco.

    Como funcionou o esquema

    De acordo com a investigação, o dinheiro foi desviado em operações que contaram com intermédio de técnica sofisticada realizada por outra empresa, com sede em Cachoeirinha (RS).

    A execução do furto iniciou com o acesso normal à conta bancária, pelo internet banking, mediante login e senha de um dos investigados, quando foi realizada a programação de 11 transferências bancárias para seis destinatários.

    Como funcionava o esquema em 2020 / Divulgação/MPRS

    No mês de abril de 2020, foram desviados R$ 30 milhões da conta bancária de uma grande indústria por meio de 11 transferências eletrônicas (TEDs) para seis empresas localizadas em Porto Alegre, Cachoeirinha, São Paulo e Porto Velho, em Rondônia.

    Em abril do mesmo ano, contra outra empresa correntista, a organização criminosa repetiu o golpe desviando mais R$ 5 milhões.

    À CNN, a defesa de Anderson Bonetti neste caso afirmou que ele e sua empresa, que vendia e comprava bitcoins, foram vítimas de um suposto hacker, que desviou os R$ 30 milhões da conta da indústria.

    Participação no esquema com Nego Di e prisão

    Após a prisão de Anderson Bonetti, sócio do influenciador Nego Di, que estava foragido por suspeita de estelionato, a polícia pretende iniciar uma segunda etapa da investigação para apurar se os dois lavaram o dinheiro obtido das vítimas de estelionato pela não entrega de produtos da empresa “Tadizuera”, em 2022.

    Para os investigadores, ouvidos pela CNN, ele tinha papel crucial no suposto esquema de estelionato, comandando a parte virtual do site que arrecadava o dinheiro das vítimas.

    O comediante foi preso no dia 14 de julho em uma casa na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC).

    Anderson, preso na segunda-feira (23), foi encontrado na cidade de Bombinhas, em Santa Catarina, e será transferido para o Rio Grande do Sul, onde ficará preso.

    FOTOS – Nego Di

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