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    Presidente da ‘Em Cima da Hora’ deve prestar depoimento nesta segunda-feira (25)

    Carro alegórico da escola de samba imprensou e matou Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, no primeiro dia de desfiles do carnaval do Rio de Janeiro

    Desfile da escola de samba "Em Cima da Hora" no Carnaval carioca
    Desfile da escola de samba "Em Cima da Hora" no Carnaval carioca Tomaz Silva/Agência Brasil

    Rafaela CascardoFilipe Brasilda CNN

    no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro deve ouvir, nesta segunda-feira (25), o presidente administrativo da ‘Em Cima da Hora’. Um carro alegórico da escola de samba imprensou e matou Raquel Antunes da Silva, de 11 anos.

    O caso é investigado como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

    Parentes da vítima também foram chamados para depor, mas ainda não compareceram na 6ª Delegacia Policial, responsável pela investigação do caso.

    Representantes da Liga-RJ, responsável pelas escolas da série Ouro, também deverão prestar depoimento.

    A polícia tenta ainda identificar e localizar o guia do caminhão, que tinha a função de orientar as manobras do motorista. A investigação deve confirmar se o acidente aconteceu na lateral do caminhão em que, supostamente, não havia guia.

    A empresa responsável pelo serviço foi intimada para que o funcionário seja apresentado à polícia. A expectativa é que ele possa ser intimado ainda nesta segunda-feira (25).

    Em depoimento, o motorista do caminhão disse que não percebeu que havia crianças no local, mas as imagens analisadas pelos investigadores mostram que a rua estava lotada e que, além de Raquel, outras crianças tinham subido no carro alegórico.

    A delegada Maria Aparecida Mallet, da 6ª DP (Cidade Nova), informou à CNN que o carro trafegava em velocidade incompatível com as circunstâncias e que não havia fiscalização.

    O corpo da criança foi sepultado no sábado (23). O carro alegórico foi apreendido pela polícia na última sexta-feira (22). Na quarta-feira (20), primeiro dia dos desfiles do Grupo de Acesso na Sapucaí, Raquel ficou imprensada entre um poste e o carro abre-alas da escola, fora do Sambódromo, na área de dispersão. Segundo testemunhas, ela teria subido no veículo enquanto a alegoria saía da avenida.

    A menina foi socorrida e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, onde passou por uma cirurgia e teve uma das pernas amputada. Raquel sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu na manhã de sexta-feira (22).

    Na quinta-feira (21), a pedido do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), a Justiça determinou que todas as agremiações fizessem escolta dos carros alegóricos da dispersão da Sapucaí até o retorno aos barracões para evitar acidentes com crianças e adolescentes. Também determinou a obrigatoriedade da presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal ao longo do caminho.

    A Liga-RJ afirmou que lamenta profundamente a morte de Raquel Antunes, e se solidariza com familiares e amigos da jovem. Em nota, a liga acrescentou que o acidente aconteceu do lado de fora do Sambódromo e que segue acompanhando o caso e colaborando com as autoridades.

    A escola ‘Em Cima da Hora’ afirma que não vai se pronunciar sobre o caso.