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    Prefeitura de SP vai pedir demolição de prédio incendiado na 25 de Março

    Procuradora-geral da cidade de São Paulo afirmou à CNN que pedido será feito "o mais rápido possível", mas há trâmites burocráticos porque prédio é privado

    Bianca Camargoda CNN

    em São Paulo

    O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou à CNN, nesta quarta-feira (13), que a Prefeitura deve solicitar a demolição do prédio de 10 andares na região da 25 de Março, no centro de São Paulo.

    O edifício, no número 95 da rua Barão de Duprat, está em chamas desde a noite de domingo (10), há cerca de 60 horas.

    O pedido de demolição do prédio será feito pela procuradora-geral do município, Marina Magro.

    Ela afirmou que a solicitação será feita “o mais rápido possível”.

    A procuradora explicou que, como o imóvel é privado, geralmente é necessário passar por uma análise judicial.

    A prefeitura utilizará o Código de Obras como fundamento do pedido, de acordo com Marina.

    Pelo risco de ruína da estrutura, a Prefeitura precisa da avaliação de técnicos de engenharia, que vão indicar a providência a ser requerida.

    Sobre os prédios ao lado do principal, até o momento não há indicação que eles sejam demolidos, isso dependerá da informação dos técnicos, indicou a procuradora.

    Em atualização

    Não sabemos pra que lado pode tombar, diz bombeiro

    Os bombeiros seguem, nesta quarta-feira (13), no combate aos últimos focos de incêndio em um prédio na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo.

    Desde terça (12), o trabalho de combate às chamas vem sendo realizado com distanciamento pelas autoridades devido ao risco de desabamento do prédio, no número 95 da rua Barão de Duprat, no bairro da Sé, onde o fogo começou há praticamente 60 horas, no domingo (10).

    Em conversa com repórteres no local, nesta quarta (13), o capitão Maycon Cristo, do Corpo de Bombeiros, explicou que a região inteira está isolada porque não se sabe como será o desabamento caso aconteça.

    “O prédio que ainda está em chamas tem o risco de colapsar. Quando e se ele colapsar, a gente não sabe como ele vai se comportar. Se ele vai tombar, para qual lado vai tombar. Por isso essa precaução na área que ele possivelmente atingiria em caso de colapso”, afirmou o capitão.

    A Prefeitura de São Paulo anunciou na noite desta terça-feira (12), após a realização de uma vistoria, a interdição de nove edifícios diante do risco de queda.

    “Os engenheiros estudaram os possíveis riscos e modelos de colapso dessa estrutura, e entenderam que essas edificações se encontram em uma área que poderia ser atingida em caso de colapso”, explicou o bombeiro.

    Diante do risco de colapso, os bombeiros precisaram abandonar o prédio, onde estavam realizando o trabalho de rescaldo para procurar pequenos focos de fogo e assim extinguir totalmente o incêndio.

    “A gente tem a orientação para não fazer o combate interno, estamos combatendo a parte externa da edificação. Isso retarda um pouco o término do incêndio. A gente não consegue in loco revirar aquilo que tá queimando e conseguir extinguir ali”, comentar o capitão Maycon Cristo.

    Ele explicou que os bombeiros estão utilizando água e espuma para combater as últimas chamas e abaixar a temperatura do local.

    A partir desta quarta-feira (13), a chegada de uma frente fria formada no Sul do país deve abaixar as temperaturas em São Paulo e possivelmente provocar chuvas.

    “Uma chuva calma, tranquila, ajudaria no resfriamento do prédio. Se começar a chover com tempestade e vento atrapalharia bastante os trabalhos”, comentou Cristo.