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    Precisamos ver o racismo como estrutural, não como fenômeno, diz Rosane Borges

    Jornalista e pesquisadora da USP afirma também que é o momento de as empresas privadas se engajarem para trazer mais negros para seus quadros

    Da CNN, em São Paulo

    A terça-feira (9) foi marcada pelo enterro de George Floyd, homem negro que se tornou o símbolo de um movimento mundial contra o racismo. Na esteira do movimento e das discussões sobre o tema, a CNN entrevistou Rosane Borges, jornalista, pós-doutorada em ciências da comunicação e professora colaboradora do grupo de pesquisa Estética e Vanguarda (ECA-USP). Ela falou sobre a necessidade de o Brasil encarar o racismo de uma maneira diferente.

    “É preciso que com esses episódios a gente deixe de encarar o racismo como um fenômeno, um episódio, e encarar ele como algo estrutural. Nós como sociedade brasileira temos que reconhecer que o racismo faz parte do cotidiano em ações letais, como o racismo polícia.”

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    Ela ainda reconheceu a necessidade do Brasil de criar políticas afirmativas incisivas tanto a nível federal, quanto estadual e municipal, e ressaltou a importância de a iniciativa privada atuar no sentido de aumentar a representatividade em empresas.

    “Atualmente vivemos um apartheid social, onde pessoas brancas não convivem com pessoas negras. Não mudamos a situação sem a noção de reconhecimento, e só reconhecemos o outro quando convivemos com ele.”

    (Edição: André Rigue)

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