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    Precisamos melhorar comunicação sobre o Novo Ensino Médio, avalia especialista

    À CNN Rádio, o gerente-executivo de Educação do Sesi Wisley Pereira repercutiu pesquisa que apontou que 55% das pessoas não conhecem o novo currículo

    Alunos em sala de aula
    Alunos em sala de aula Wilson Dias/ABr

    Amanda Garciada CNN

    A grande dificuldade sobre o Novo Ensino Médio é a falta de “comunicação transparente e clara” a respeito do novo currículo.

    Esta é a avaliação do gerente-executivo de Educação do Sesi Wisley Pereira, em entrevista à CNN Rádio.

    Uma pesquisa conduzida pelo Senai e pelo Sesi apontou que, ao mesmo tempo que 70% aprovam as novas diretrizes, 55% não conhecem o currículo.

    O levantamento ouviu 2 mil brasileiros com mais de 16 anos.

    “Não conseguimos conversar com a sociedade civil, sobretudo os jovens, para passar as mudanças”, lamentou.

    O especialista explica que, antes do Novo Ensino Médio, todos os jovens tinham as mesmas 13 disciplinas obrigatórias.

    “Isso não dialoga com o projeto de vida nem com as habilidades que precisam ser desenvolvidas.”

    Por esse motivo, ele afirma que há evasão e um terço dos jovens não termina o Ensino Médio.

    Na nova arquitetura, das três mil horas obrigatórias ao longo dos três anos de Ensino Médio, 1.800 estão destinadas à formação geral, como português, matemática, química, biologia e física.

    As outras 1.200, porém, são focadas em projetos de vida e carreira, com o estudante podendo focar em áreas com as quais tem mais afinidade.

    “Outra possibilidade é poder fazer o ensino técnico e profissional com certificação dupla”, contou.

    Wisley acredita que “ter esse novo modelo é fundamental para atacar essa mazela da educação básica brasileira, que tem um terço da população sem o Ensino Médio completo.”

    “Isso afeta profundamente o desenvolvimento social e econômico”, concluiu.

    *Com produção de Isabel Campos