Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Especialista explica causas do temporal repentino e devastador em SP; veja

    Foram registrados ventos de 88,9 km/h no aeroporto do Campo de Marte, em Santana, na zona norte da capital paulista, e de 87,3 km/h, na Lapa, na oeste

    Redação O Estado de São Paulo, do Estadão Conteúdo

    Os paulistas tomaram um susto na tarde de sexta-feira (11), com a chuva forte e repentina que assolou o estado por algumas horas. O temporal deixou ao menos sete mortos em quatro cidades. A prefeitura da capital registrou mais de 200 chamados para quedas de árvores e galhos.

    A meteorologista Estael Sias, da empresa MetSul, explicou as causas do fenômeno.

    “O fator principal da formação da tempestade foi o contraste de temperatura”, afirma. “Havia uma frente fria avançando por São Paulo, com ar mais frio no interior e ar mais quente na parte leste. Esse contraste vai desencadeando a formação de nuvens carregadas, cumulonimbus típicas de temporais e que atravessaram a região da capital e da região metropolitana”.

    Foram registrados ventos de 88,9 km/h no aeroporto do Campo de Marte, em Santana, na zona norte, e de 87,3 km/h, na Lapa, na oeste.

    O Governo do Estado citou ventos de 107 km/h. Na zona sul, as fortes rajadas derrubaram partes do forro e da fachada do Shopping SP Market.

    Segundo Sias, esse tipo de evento é mais comum na região sul do Brasil. “O tipo de nuvem associado a esse contraste térmico é que favoreceu esse vento mais forte. Dentro de uma grande área de nuvens de tempestades, algumas nuvens se destacaram e o vento mais forte ficou concentrado na zona sul. Esse tipo de nuvem é capaz de produzir inclusive tornados”, explica.

    A profissional também comentou sobre os raios de cor azulada que foram flagrados pelos moradores, ressaltando que a coloração incomum é sinal de alerta.

    “Geralmente essa mudança na tonalidade dos raios está associada à presença de gelo dentro da nuvem. Nem sempre esse gelo vai virar granizo e nos afetar aqui na superfície. E os raios solares ou mesmo os raios nessa camada super resfriada com muito gelo acabam tendo uma refração da luz, uma diferença na cor da luz que a gente pode enxergar como esverdeado ou azulado. Isso quer dizer que as nuvens que tinham sobre São Paulo realmente tinham potencial de gerar algo mais severo do que no dia a dia”, conclui ela.

    Tópicos