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    Policial citado por empresário morto em aeroporto trabalhou para Gusttavo Lima

    Vinícius Gritzbach, em delação contra o PCC, acusou agente de ter dificultado inquérito no qual era acusado de ser o mandante de um assassinato

    Thiago Félixda CNN , São Paulo

    Um dos policiais civis citados na delação, homologada em 2024, pelo empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos (SP) na última sexta-feira (8), trabalhou com o cantor Gusttavo Lima.

    A assessoria do astro sertanejo, recentemente envolvido em problemas na justiça, confirmou à CNN, por meio de nota, que Rogério de Almeida Felicio prestou serviços de segurança privada em shows do cantor. A relação entre os dois foi veiculada primeiramente pelo portal Metrópoles.

    No documento, com mais de mil páginas, que a reportagem teve acesso, Vinícius acusa o policial, conhecido como Rogerinho, de viciar o inquérito no qual o empresário era acusado de ser o mandante do assassinato de um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Anselmo Bechelli, o “Cara Preta”, morto em uma emboscada em 2021.

    Rogério trabalha na Polícia Civil de São Paulo há pelo menos quinze anos. Na época do inquérito em que Vinícius foi réu, atuava no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas foi transferido para a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Santos (Dise).

    Ainda no texto, Vinícius afirma que os policiais que seriam delatados integram também o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) e o 24º Distrito Policial da Capital.

    Vinícius confirmou o pedido de propina dos policiais em depoimento para a Corregedoria da Polícia Civil pouco antes de ser executado. De acordo com reportagem publicada pela CNN, a vítima disse ter pago R$ 10 milhões a policiais civis para ser inocentado do inquérito.

    Procurada pela reportagem, a Secretaria de Segurança Pública se manifestou sobre o caso, apontando que os policiais foram afastados do trabalho operacional enquanto as denúncias são devidamente apuradas.

    A pasta ainda afirma que as corregedorias tanto da Polícia Militar quanto da Polícia Civil acompanham as investigações para que todas as medidas pertinentes sejam adotadas.

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