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    Policiais que agrediram jovem negro em shopping do Rio são identificados

    Matheus foi imobilizado no chão sob a mira de uma arma

    Isabelle Saleme, da CNN no Rio de Janeiro

    Os agressores do entregador Matheus Fernandes em um shopping no Rio de Janeiro foram identificados neste sábado (8). Eles são dois policiais militares, um deles lotado no Batalhão de Choque.

    Segundo a investigação, eles trabalham para uma empresa de segurança que presta serviços na área de inteligência para o Ilha Plaza Shopping, estabelecimento na zona norte do Rio onde o caso aconteceu.

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    A identificação foi possível depois do depoimento de um vigilante do estabelecimento e de um funcionário da administração. O advogado de defesa informou que os suspeitos vão se apresentar na Delegacia da Ilha do Governador, também na zona norte da cidade, onde o caso foi registrado.

    A agressão foi na última quinta-feira (6). O rapaz de 18 anos foi trocar o relógio que comprou de presente para o pai. Enquanto esperava para ser atendido, com a nota fiscal em mãos, ele foi abordado por dois homens. Um vídeo gravado por testemunhas e postado em redes sociais mostra a violência da ação.

    Matheus é imobilizado. Já no chão, um dos homens aponta uma arma para o entregador. A ação foi interrompida apenas pela interferência de pessoas que presenciaram as cenas.

    O delegado Marcus Henrique Oliveira, responsável pela investigação, explica que os suspeitos vão responder pelo crime de racismo e também por abuso de autoridade. Oliveira classifica como racismo, porque, segundo ele, o jovem foi agredido exclusivamente por causa da cor da pele. O advogado de Matheus, Jaime Fernandes, disse que vai entrar na justiça contra o shopping e a loja de departamentos.

    O Ilha Plaza Shopping lamentou o ocorrido e disse que está apurando rigorosamente os fatos para tomar as medidas necessárias. Já a loja de departamentos Renner também lamentou a situação e informou que os agressores não integram o quadro de colaboradores ou de prestadores de serviço do estabelecimento.

     

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