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    Polícia prende principal suspeito responsável pela morte de enfermeira grávida no ES

    Íris Rocha de Souza, de 30 anos, estava grávida de oitos meses e foi encontrada morta às margens de uma estrada

    Dayres Vitoriada CNN

    A Polícia Civil do Espírito Santos prendeu o principal suspeito pela morte da enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, que estava grávida de oito meses e foi assassinada em Alfredo Chaves, na região Serrana do Espírito Santo.

    O crime aconteceu na quinta-feira (11) e a prisão foi realizada pelos agentes na tarde desta quinta-feira (18).

    Em coletiva que contou com a presença do secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, do delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, e da delegada titular da delegacia de Alfredo Chaves, Maria da Glória Pessotti, foi detalhada os passos até a prisão do suspeito.

    Segundo a delegada titular do caso, as provas já existentes baseiam a prisão do ex-namorado da vítima. “Toda prova técnica que a gente tem na polícia, leva a crer, realmente, que o autor é o ex-namorado dela”, disse Pessotti.

    Pelas investigações, Íris havia tido um relacionamento abusivo com o suspeito meses antes, tendo sido vítima de agressões em outras ocasiões. Em outubro de 2023, a vítima procurou uma delegacia e registrou uma ocorrência após ter sido agredida e ameaçada com uma arma pelo ex-namorado.

    Na ocasião, o suspeito teria estrangulado Íris até ela desmaiar. O delegado-geral da Polícia Civil disse não saber o motivo do pedido de medida protetiva da vítima não ter tido andamento. Segundo ele, um problema técnico no sistema eletrônico pode ter ocasionado isso, o delegado confirmou que a Corregedoria da Polícia já está apurando o caso.

    A delegada Glória Pessotti confirmou que mesmo após o registro da ocorrência, Íris manteve contato com o suspeito. A delegada acredita que a relação seria por conta da gravidez.

    Pelas informações dadas na coletiva, a criança iria nascer no dia 20 de fevereiro e se chamaria Rebeca. Além da bebê, a enfermeira deixou um filho de oito anos de idade.

    Na manhã da quarta-feira (12), dia em que Íris foi vista pela última vez, a enfermeira foi até um supermercado na capital Vitória, por volta das 08h. Uma nota fiscal foi encontrada no bolso da vítima, além de um cartão de banco, que possibilitou a identificação do corpo.

    De acordo com as investigações, o suspeito visitou a região em que deixou o corpo dois dias antes de Íris ser encontrada na margem de uma estrada no distrito de Carolina. A Polícia informou, também, que o suspeito jogou cal sobre o corpo da vítima.

    Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito na quarta-feira (17). O veículo dele foi apreendido e também emblemas de polícia. O carro do suspeito foi lavado dias depois, mas também será periciado.

    Ainda segundo a Polícia Civil, o homem dizia ser Policial Militar, mas não faz parte da corporação, e perito forense. De acordo com os vizinhos, o suspeito se apresentava como Soldado Santana e realizava rondas pelo bairro.

    Depois do crime, o suspeito trocou de carro e passou a utilizar o veículo do pai. Com a análise do sistema de monitoramento do estado, foi dado a ordem para que todos os veículos com as características do carro do pai do suspeito fossem abordados.

    A Polícia abordou o homem em Viana, acompanhado do seu advogado. No primeiro contato com a polícia, o suspeito negou participação no crime. O celular dele não foi localizado e, de acordo com a delegada Glória, o suspeito ainda prestará depoimento.

    A Polícia Civil agora trabalha para entender a motivação do crime e os meios que o suspeito utilizou para matar Íris Rocha.

    O homem vai responder por homicídio com qualificadora de feminicídio, aborto e ocultação de cadáver.

    Nas redes sociais, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, comemorou a prisão:

    “O principal suspeito do brutal assassinato da enfermeira Íris Rocha está preso. Resposta rápida e eficiente das nossas forças policiais comprovando que esse crime cruel, assim como qualquer crime, não será tolerado e será combatido com rigor”, informou o governador nas redes.

    Relembre o caso

    Íris Rocha de Souza, de 30 anos, era enfermeira e estava grávida de 8 meses. Ela foi encontrada morta na quinta-feira passada (11), às margens de uma estrada em Alfredo Chaves, município do Sul do Espírito Santo.

    A jovem, além de enfermeira, também era mestranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

    A universidade, juntamente com o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES), lamentaram a perda da estudante e profissional da área da saúde.

    Íris foi velada e sepultada terça-feira (16), no cemitério Jardim da Paz, na cidade de Serra.

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