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    Polícia prende chefe da milícia de Seropédica no Rio

    Governador Cláudio Castro acredita que prisão é significativa para o combate ao crime organizado no estado

    Rafaela Cascardoda CNN No Rio de Janeiro

    A Polícia Civil prendeu o miliciano Anderson de Amorim Araújo Júnior, conhecido como Bigode, no Complexo da Maré, na zona norte da capital, na noite desta segunda-feira (5). Ele é apontado como o chefe da milícia de Seropédica, na Baixada Fluminense.

    A Justiça já tinha expedido dois mandados de prisão temporária relacionados a homicídios praticados por ele na região. A operação que prendeu Bigode foi realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO), Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e pela Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).

    Através das redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmou que a prisão de Bigode é um grande passo no combate ao crime organizado.

    “A Polícia Civil deu um grande passo no combate ao crime organizado com a prisão de “Bigode”, líder da milícia que aterrorizava Seropédica. A operação foi realizada com forte integração entre as forças de segurança e um trabalho de inteligência exemplar. Estamos fechando o cerco contra as facções criminosas e atacando a raiz desses grupos, que é o controle financeiro. Continuaremos firmes na nossa missão de garantir a segurança para a população do RJ”, escreveu o governador.

    Segundo informações do delegado João Valentim, titular da DRACO, Bigode estava entre os criminosos que trocaram tiros com policiais em Seropédica no último domingo (4), quando uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar terminou com a morte de dois suspeitos, além da prisão de Brian Leonardo Soares dos Santos, de 26 anos.

    Brian já possuía antecedentes criminais por constituição de milícia privada e porte de arma de fogo. A operação também apreendeu sete fuzis, cinco veículos roubados e com características adulteradas, coletes balísticos, roupas táticas e materiais típicos de grupos milicianos.

    A milícia de Bigode é ainda acusada por diversos outros crimes, incluindo o confronto que resultou na morte do estudante da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Bernardo Paraíso, em abril deste ano, e no ferimento de duas crianças, de 1 e 3 anos, no mesmo dia.

    As investigações mostram que os milicianos de Chaperó, em Itaguaí, na região metropolitana, estão associados a traficantes de drogas da facção TCP, pertencentes ao Complexo da Maré. Em troca de suporte e armamento, a milícia permite a venda de drogas em Seropédica.

    A Polícia Civil acredita que a prisão de Bigode representa um significativo enfraquecimento da milícia de Seropédica.

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