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    Polícia ouve depoimento de mulher filmada ao ser estuprada em cesariana no Rio

    Marido da vítima também foi ouvido nesta sexta-feira (15); delegada foi até escritório do advogado da família para oitivas

    Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi preso no Rio de Janeiro depois que funcionários da unidade de saúde o filmaram estuprando uma paciente durante o próprio parto dela
    Médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi preso no Rio de Janeiro depois que funcionários da unidade de saúde o filmaram estuprando uma paciente durante o próprio parto dela Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro

    Rafaela Cascardoda CNN

    Rio de Janeiro

    A Polícia Civil do Rio ouviu, nesta sexta-feira (15), a mulher que foi filmada enquanto sofria um estupro durante o parto por cesariana, no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no último domingo (10). O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra aparece em um vídeo gravado pela equipe médica estuprando a mulher. O marido da vítima também prestou depoimento. Segundo fontes da Polícia Civil, o casal foi ouvido no escritório do advogado da família pela delegada responsável pelo caso, Bárbara Lomba, e uma policial.

    As oitivas eram fundamentais para a conclusão do inquérito, que deve ser feita até a próxima semana, já que Giovanni foi preso em flagrante. A prisão dele foi convertida para preventiva e ele continua preso numa cela isolada em Bangu 8, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da capital.

    Ainda segundo a Polícia, o Hospital da Mãe, em Mesquita, também na Baixada Fluminense, enviou uma lista com o nome de 44 mulheres que foram anestesiadas por Giovanni nos últimos seis meses. Agora os investigadores trabalham para saber se o homem pode ter estuprado mais pacientes.

    Nesta sexta-feira, mais uma possível vítima do anestesista se apresentou na Delegacia de Atendimento à Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde o caso foi registrado. A mulher teria chegado de forma espontânea após identificar Giovanni como o anestesista da cirurgia que ela realizou no dia 16 de junho.

    O Ministério Público do Estado do Rio denunciou o médico à Justiça, nesta sexta, pelo crime de estupro de vulnerável. De acordo com a denúncia, os crimes em questão foram cometidos contra mulher grávida e com violação do dever inerente à profissão de médico anestesiologista. Para preservar e resguardar a imagem da vítima, o MP requereu sigilo no processo, além de uma indenização em favor da vítima, em valor não inferior a 10 salários mínimos, considerando os prejuízos de ordem moral a ela causados.

    A CNN tenta localizar a defesa do anestesista. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, tudo relacionado ao caso está em apuração através da sindicância.