Polícia investiga venda de Ozempic falso no RJ após internação de paciente
A mulher se recuperou e recebeu alta no dia seguinte à internação em um hospital particular da zona sul do Rio de Janeiro
A Polícia Civil investiga uma suposta venda de Ozempic falsificado no Rio de Janeiro. A investigação teve início após uma mulher, que realiza um tratamento com o remédio, ter sido hospitalizada em estado grave no hospital Copa D’Or, em Copacabana, na última quinta-feira (17).
Ela chegou à unidade com um quadro de difícil identificação, foi atendida rapidamente e a situação foi revertida. A unidade hospitalar informou que há a suspeita de que a paciente poderia ter sido vítima dos efeitos do medicamento falso.
A mulher se recuperou e recebeu alta no dia seguinte, sexta-feira (18).
A suspeita veio após uma nota do laboratório Novo Nordisk, responsável pela produção do fármaco, alertando para a identificação de casos de falsificação de Ozempic nas cidades do Rio de Janeiro e Brasília.
A empresa afirmou que há indícios de que canetas de insulina de Fiasp e FlexTouch, outros remédios, foram adesivadas com rótulos de Ozempic.
“A companhia reconhece a gravidade da situação e esclarece que está em contato e colaborando com as autoridades competentes”, informou a empresa em nota.
Consultada pela CNN, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) identificou três lotes recentes que foram falsificados. Veja abaixo:
- Publicado em 11/01/2024 por meio da resolução RE 99- lote MP5A064 (prazo de validade 10/2025) que apresentem em sua embalagem secundária a concentração de 1,34 mg/mL, em idioma espanhol, que as divergem do lote original
- Publicado em 18/10/2023 por meio da resolução RE 3945- lote LP6F832, data de validade 11/2025
- Publicado em 06/06/2023 por meio da RE 2011- lote MP5C960 que apresentem em sua embalagem secundária a concentração de 1 mg, em idioma espanhol
A Anvisa ainda solicitou informações às autoridades locais e monitora o caso para avaliar a necessidade de medidas adicionais. A falsificação de medicamentos é crime e deve ser encaminhada à polícia quando identificada .
A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que agentes realizaram uma fiscalização no estabelecimento que comercializou o produto falsificado. O proprietário foi ouvido e três caixas do Ozempic foram apreendidas.
Representantes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) também participaram da ação.
A investigação continua na 13ª DP (Ipanema) e diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
Leia a nota da Novo Nordisk na íntegra
A Novo Nordisk, líder global em saúde, informa que foram identificados casos de falsificação de Ozempic®️, principalmente nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).
Há indícios de que canetas de insulina Fiasp®️ FlexTouch®️ foram readesivadas com rótulos de Ozempic®️ possivelmente retirados indevidamente de canetas originais do medicamento.
A companhia reconhece a gravidade da situação e esclarece que está em contato e colaborando com as autoridades competentes, para contribuir com a investigação dos fatos.
A empresa reitera seu compromisso com a segurança dos pacientes e, em função dessa ação criminosa, recomenda que qualquer pessoa que tenha adquirido Ozempic®️ atente-se aos detalhes da caneta antes da aplicação. A caneta de Ozempic é de cor azul clara, com o botão de aplicação cinza.
Já canetas de Fiasp são azuis escura, com botão laranja. Para se proteger de casos de falsificação, na hora da compra, desconfie sempre de:
- Sites e canais não licenciados pela Anvisa para comercialização de medicamentos e que usam os nomes das marcas e/ou adotam aplicativos de vendas e redes sociais para ofertar os produtos;
- Embalagem do medicamento visivelmente alterada, em idioma estrangeiro, com aparência farmacêutica (apresentação) diferente da registrada e com informações incorretas sobre o produto – Ozempic®️ é vendido apenas em canetas prépreenchidas injetáveis;
- Preços muito abaixo dos aprovados pelo governo (todos os produtos Novo Nordisk seguem a tabela da CMED, órgão federal que regulamenta o preço dos medicamentos no país).
Em caso de dúvidas sobre os pontos de vendas ou mesmo sobre o medicamento adquirido, os pacientes podem acessar o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da Novo Nordisk Brasil.
Leia a nota da Anvisa na íntegra
A Agência solicitou informações às autoridades locais e monitora o caso para avaliar a necessidade de medidas adicionais.
Todas as denúncias recebidas são analisadas e, quando necessário, encaminhadas para investigação em conjunto com os órgãos de Vigilância Sanitária locais. Para os casos de falsificação, as informações são confirmadas junto à empresa fabricante ou detentora do registro no país.
São sinais de desvios de qualidade ou de adulteração do produto: alterações de aspecto, cor, odor, sabor e volume ou presença de corpo estranho. Sempre que houver dúvida o usuário deve entrar em contato com o serviço de atendimento do laboratório farmacêutico para checar as informações e origem do produto.
A falsificação de medicamentos é crime e quando identificada deve ser encaminhada às autoridades policiais.
Os casos recentes identificados de semaglutida falsificada seguem abaixo.
Falsificação Ozempic
- Publicado em 11/01/2024 por meio da resolução RE 99- lote MP5A064 (prazo de validade 10/2025) que apresentem em sua embalagem secundária a concentração de 1,34 mg/mL, em idioma espanhol, que as divergem do lote original
- Publicado em 18/10/2023 por meio da resolução RE 3945- lote LP6F832, data de validade 11/2025
- Publicado em 06/06/2023 por meio da RE 2011- lote MP5C960 que apresentem em sua embalagem secundária a concentração de 1 mg, em idioma espanhol