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    Ciro e Cid Gomes são alvos de investigação sobre propina na reforma do Castelão

    O pré-candidato à presidência da República Ciro Gomes e seu irmão, o senador Cid Gomes, são alvos de operação da PF deflagrada nesta quarta (15)

    Raphael CoracciniVianey Bentesda CNN

    A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, Ciro Gomes, e de seu irmão, Cid Gomes (PDT-CE), senador em exercício pelo estado do Ceará, nesta quarta-feira (15).

    A operação apura supostas fraudes e pagamentos de propinas a agentes políticos e servidores públicos durante o processo de licitação das obras da Arena Castelão, em Fortaleza, entre os anos de 2010 e 2013.

    No total, estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. No estado do Ceará, além da capital, a operação, chamada de Colosseum, atinge as cidades de Meruoca e Juazeiro do Norte, e se estende também por São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e São Luís (MA).

    As investigações tiveram início no ano de 2017. Segundo a PF, existe a possibilidade de uma empresa ter vencido o processo licitatório da Arena Castelão com a condição de pagar propina a funcionários públicos.

    A Polícia Federal investiga um possível pagamento de R$ 11 milhões em propinas pagas em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com notas fiscais fraudulentas emitidas por empresas fantasmas.

    Durante o processo de busca e apreensão, foram recolhidos materiais para análise e está sendo feito a avaliação do fluxo financeiro dos suspeitos, disse a PF.

    Ciro Gomes chamou a ordem judicial de “abusiva” e diz que “Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”. O pré-candidato à Presidência diz que não tem nenhuma ligação com os fatos apurados, que não exerceu nenhum cargo público relacionados à reforma da Arena e que nunca manteve nenhum tipo de contato com os delatores.

    “Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018”, disse o ex-ministro em suas redes sociais.

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