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    Polícia investiga possíveis áudios de socorro à jovem morta em encontro com jogador do Corinthians

    Funcionários do SAMU falaram sobre dificuldade de acessar apartamento de jogador; veja transcrição

    Momento que Dimas deixa a delegacia, em São Paulo
    Momento que Dimas deixa a delegacia, em São Paulo Luis Fabiani / Itatiaia

    Marcos Guedesda CNN

    São Paulo

    Já estão em posse da Polícia Civil de São Paulo dois áudios atribuídos a funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) sobre os momentos que antecederam o socorro da jovem que faleceu no último dia 30, após um encontro com o jogador do Corinthians Dimas Candido de Oliveira Filho (18). O jogador é esperado para prestar um novo depoimento nesta quarta-feira (7).

    Nas conversas às quais a CNN teve acesso, uma funcionária relata que a viatura do SAMU chegou com rapidez ao local da ocorrência, mas alega que teve dificuldades para acessar o apartamento do jogador.

    “Mas, tipo assim, passa a ocorrência às 7:18, a gente saiu às 7:19 e chegamos no prédio às 7:20, entendeu? Só que aí, até a gente conseguir entrar com a viatura, abrir o portão, entrar… E paramos num local que tinha que entrar do estacionamento para ter acesso ao Bloco 3, né?”, diz o áudio.

    Em consulta às bases do SAMU na cidade de São Paulo, a reportagem constatou que a distância até o condomínio onde o jogador mora é de menos de dois quilômetros.

    Além disso, em uma simulação foi possível constatar que todo o trajeto feito pela viatura, desde a saída da base da casa do atleta e depois o retorno ao Hospital Municipal do Tatuapé, onde a vítima foi socorrida, poderia ser feito em nove minutos (sem contar o tempo de atendimento).

    Dados do boletim de ocorrência revelam que a viatura que prestou o socorro deu entrada no hospital às 19h40, ou seja, 20 minutos depois do primeiro chamado. Ainda no condomínio, após enfrentarem dificuldades para localizar a torre onde mora o jogador, os funcionários do SAMU teriam enfrentado dificuldades, pois um dos elevadores estaria quebrado.

    “E a gente ficou lá embaixo, esperando o elevador chegar. Então, a gente acha que os prédios, os porteiros, deveriam ser melhor orientados. Então, saber que a gente está chegando, acompanhar a gente até a torre, para a gente ter um acesso mais fácil à torre, esperar com o elevador aberto lá embaixo, essas coisas, sabe?”, relatou.

    O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que já convocou Dimas para um novo depoimento que será realizado nesta quarta-feira (7). A CNN procurou a Secretaria de Segurança Pública para comentar o caso e recebeu a seguinte nota:

    “As investigações do caso estão em andamento por meio de um inquérito policial instaurado pela 5ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Os laudos estão sendo finalizados e, tão logo concluídos, serão analisados pela autoridade policial para esclarecer todas as circunstâncias do caso. Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.

    O que diz o SAMU sobre o caso

    A CNN procurou a secretaria Municipal de Saúde, que responde pelo SAMU, para comentar os áudios e a suposta demora para liberação no condomínio e recebeu a seguinte nota.

    O SAMU reforça a importância de preparar os funcionários dos condomínios para a recepção dos serviços de atendimento em saúde para otimizar os recursos e assegurar assim o atendimento ágil dos pacientes.