Polícia indicia funcionários públicos por desvio de combustível em prefeitura de cidade de MG
Quatro suspeitos foram indiciados, sendo que três deles estão presos preventivamente desde julho
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu na última terça-feira (20) uma investigação de um caso envolvendo desvio de combustíveis em João Pinheiro, região Noroeste do estado. A operação policial investigou um esquema criminoso entre servidores públicos municipais e funcionários de um posto de combustível local.
De acordo com as investigações foram identificados abastecimentos fraudulentos nos dias 28 de junho, 2, 10 e 12 de julho deste ano. Quatro suspeitos foram indiciados, sendo que três deles estão presos preventivamente desde julho.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro residências da cidade e apreendidos materiais para aprofundar as investigações. Durante a apuração policial foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e outros itens que auxiliaram o inquérito.
Esquema noturno
A polícia apurou que o esquema envolvia a utilização fraudulenta de requisições de abastecimento, para obtenção de combustível que seriam entregues a prefeitura. Segundo as investigações, as guias de abastecimento utilizadas no esquema foram roubadas da Prefeitura, evidenciando a complexidade da operação criminosa.
Os crimes ocorriam durante a noite, quando funcionários faziam o abastecimento irregular de galões em um posto de combustível. As investigações apontaram ainda uma falha significativa no procedimento de abastecimento no posto. O frentista envolvido no esquema realizava o atendimento sem seguir o protocolo, iniciando o processo imediatamente após a chegada do veículo, sem a devida verificação das requisições apresentadas.
O que também chamou a atenção da polícia é o fato de os suspeitos utilizarem um carro particular, e não se tratar de um veículo oficial do Poder Executivo.
Os indiciados, que são servidores públicos municipais e funcionários de um posto de combustível, responderão pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica e associação criminosa.
A CNN procurou a prefeitura, mas não teve retorno.