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    Polícia Federal realiza operação contra estudantes de medicina no RJ e ES

    De acordo com as investigações, estudantes teriam fraudado documentos para obter bolsas de estudo de 100% em faculdade do Rio de Janeiro

    Cleber Rodriguesda CNN , no Rio de Janeiro

    A Polícia Federal (PF) realiza uma operação nesta quinta-feira (26), em seis municípios dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, para desarticular um esquema criminoso envolvendo estudantes de medicina.

    De acordo com as investigações, para obter bolsas de estudo de 100% em uma faculdade do município de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, estudantes falsificavam documentos para declarar baixa renda.

    “Identificou-se, ainda, que uma das formas dos alunos se passarem por pessoa de baixa renda, eram suas inscrições no CadÚnico do governo federal. Com isso, além de receberem fraudulentamente as bolsas de estudos, os alunos — e, em alguns casos, os próprios pais — receberam Auxílio Emergencial, derivado das ações de enfrentamento aos efeitos da pandemia de Covid-19”, diz a nota da PF.

    Ao longo das investigações, 12 pessoas foram indiciadas, entre alunos e pais. Dentre outras provas, foi identificado, mediante quebra de sigilo bancário, que os investigados “movimentaram valores exorbitantes, incompatíveis com pessoa que se disse desprovida de recursos”.

    “Alguns alunos são filhos de empresários e de médicos. Mediante a comprovação bancária, conseguimos identificar que os pais dos alunos movimentaram, no período de dois a três anos, cerca de R$ 12 milhões, enquanto outros movimentaram R$ 13 milhões. Isso é totalmente incompatível com a pessoa que se inscreve no CadÚnico”, afirma Wesley Amato, delegado da PF.

    Na ação de hoje, cerca de 70 policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal de Campos dos Goytacazes (RJ).

    Em endereços no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, ligados aos estudantes, os agentes encontraram carros de luxo e imóveis de alto padrão, incompatíveis com a realidade de pessoas de baixa renda.

    “Já foram identificados os bens pertencentes aos alunos e pais. Agora, faremos o pedido de arresto de bens, para a garantia de ressarcimento à faculdade de medicina”, diz Amato.

    Os investigados vão responder pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.

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