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    Polícia Federal investiga fraude de R$ 50 milhões no Auxílio Emergencial

    De acordo com as investigações, mais de 10 mil contas foram fraudadas. PF cumpre 47 mandados de busca e dois de prisão preventiva em doze estados do país

    Isabelle Salemeda CNN , em São Paulo

    A Polícia Federal investiga organização criminosa que teria movimentado mais de R$ 50 milhões, em fraudes no Auxílio Emergencial. Após análises de relatórios de inteligência financeira e quebra de sigilos bancários, a estimativa é de que mais de 10 mil contas de benefícios foram fraudadas.

    Na manhã desta terça-feira (7), 200 policiais federais foram às ruas, na Operação Apateones, para cumprir 47 mandados de busca e dois de prisão preventiva, expedidos pela 9ª Vara Federal de Campinas, em 12 estados: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.

    A investigação começou em agosto de 2020, quando a Polícia Federal teve acesso a dados sobre 91 benefícios de Auxílio Emergencial fraudados, que chegam ao valor total de R$ 54.600.

    Esse montante foi desviado para duas contas bancárias de pessoa física e de pessoa jurídica em Indaiatuba, em São Paulo. A partir daí, a Polícia Federal em Campinas encontrou milhares de outras fraudes.

    O rastreamento inicial das transações indicou que parte dos envolvidos nestas fraudes estavam nos estados de Goiás e Rondônia, este último, local de residência de familiares do envolvido que mora em Indaiatuba.

    Em um segundo estágio da investigação, verificou-se que os beneficiários receberam valores de cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias.

    A operação é resultado da ação conjunta entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Ministério da Cidadania, a CAIXA, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União.

    Alem de expedir os mandados de busca e de prisão, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores encontrados em nome dos 37 investigados, que devem responder pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.

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