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    Polícia encontra cobra naja que picou estudante no DF; estado dele é grave

    Cobra foi escondida em uma região próxima ao Lago Paranoá. Segundo o Ibama, legislação só permite criação doméstica de espécies não venenosas

    Gabrielle Varela e Kevin Lima, da CNN em Brasília

    O Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal localizou nesta quarta-feira (8) a cobra naja que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos. O estudante está internado em estado grave em um hospital particular no Gama, a 34 quilômetros do centro de Brasília.

    A Policia Ambiental informou que precisou convencer um colega de Pedro Henrique a informar o local onde a cobra foi escondida, que estava em região próxima ao Lago Paranoá. 

    A assessoria de imprensa do hospital em que o rapaz está internado informou que a família proibiu a divulgação de qualquer boletim médico e qualquer detalhe do estado de saúde do estudante.

    Uma amiga do estudante, que preferiu não se identificar, informou à CNN que ele está intubado e inconsciente. Segundo a jovem, desde 2017, quando conheceu Pedro Henrique, ele criava cobras. Ela contou também que a família não quer falar sobre o assunto e não sabe a origem da cobra. 

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    De acordo com a Polícia Civil, um auditor fiscal do Instituto Brasília Ambiental (Ibram-DF) registrou a ocorrência e informou que não foi encontrado registro do animal em nome do estudante no órgão fiscalizador. Disse ainda que o jovem mantinha uma página no Facebook sobre algumas espécies de cobras, que depois do ocorrido foi apagada. O caso está sendo investigado pela delegacia do Gama.

    O Instituto Brasília Ambiental informou que está tentando localizar familiares do tutor do animal, uma vez que ele está hospitalizado e inconsciente. O Ibram-DF disse ainda que a criação de cobras peçonhentas pode ser autorizada desde que para finalidade diversa à de estimação, como para pesquisa, exposição em jardins zoológicos, extração de veneno para produção de soro antiofídico ou venda de matéria prima para indústria farmacêutica.

    O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) disse em nota que que acompanha o caso e que o criador não tem permissão para manter o animal em ambiente doméstico, uma vez que precisa ter autorização emitida por órgão ambiental estadual e seguir regras para a criação, e a legislação só permite espécies não venenosas para esse fim.

    “Assim que o animal for localizado, o Ibama emitirá multa, que pode variar entre R$ 500 e R$ 5 mil, e ser aplicada ao criador ou ao proprietário da residência onde permanecia”, disse o órgão.

    O Centro Universitário UniCEPLAC, onde Pedro Henrique cursa medicina veterinária e tem um grupo de estudos de animais silvestres e exóticos, “não incentiva, de forma alguma, a criação de animais que possam oferecer riscos à saúde humana, ou do próprio animal”.

    “Aconselhamos que os membros que desejem adquirir um animal silvestre façam isso seguindo as leis e normativas vigentes no país”, disse a universidade.

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