Polícia encerra primeira fase de investigação sobre erros em testes de HIV no RJ
Autoridades iniciam segunda etapa que vai analisar documentos e dados de laboratório investigado por causar infecção de pacientes
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Polícia Civil realiza segunda fase de operação contra envolvidos na contaminação de transplantes por HIV • PCRJ
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14/10/2024 - Operação - DECON - Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor - Laboratório PCS Saleme - Fotos: Rafael Campos • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Polícia realiza operação no Laboratório PCS Saleme, responsável pela contaminação de transplantados por HIV • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Ação faz parte da primeira fase da Operação “Verum”, deflagrada nesta manhã • Divulgação/Enrico Rubin/Governo RJ
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Ação cumpre quatro mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão • Divulgação/Enrico Rubin/Governo RJ
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Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) também participam da operação • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Na última sexta-feira (11), a Polícia Civil informou que investigava o caso • Divulgação/Enrico Rubin/Governo RJ
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Agentes do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) também participam da operação • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Investigação suspeita que o laboratório tenha falsificado laudos em outros casos • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Laboratório fez testes equivocados de HIV, que resultou na infecção de seis pessoas com o vírus • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Walter Vieira, sócio do PCS Lab Saleme, foi preso por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Durante a operação, um dos sócios do laboratório foi preso • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Objetivo da ação é identificar os responsáveis pela emissão de laudos falsos que resultaram no transplante de órgãos infectados com HIV • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
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Ao todo, 40 agentes participam da ação • Divulgação/Rafael Campos/Governo RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encerrou a primeira fase da investigação contra o PCS Lab Saleme, responsável por cometer erros em testes de HIV que resultaram na infecção de pacientes com o vírus.
O laboratório é investigado por emitir resultados errados de exames que causaram a infecção de seis pacientes, após transplantes de órgãos no estado.
Segundo as investigações, dois doadores teriam feito exames de sangue no laboratório PCS Saleme, localizado em Nova Iguaçu, e foram considerados negativos pelos resultados dos laudos. Mas, na verdade, os doadores carregavam o vírus.
Por causa dos resultados equivocados, ao menos seis pacientes foram infectados.
Ao todo, quatro mandados de prisão foram cumpridos contra suspeitos envolvidos na falha dos procedimentos, encerrando assim a primeira fase das investigações.
Entre os presos estão o sócio do laboratório PCS Lab Saleme Walter Vieira, além de três funcionários investigados no caso: o técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos, Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis.
Jacqueline Bacellar assinou um dos laudos errados em maio deste ano. A CNN apurou que o número do registro no Conselho Regional de Biomedicina utilizado na assinatura pertence a outra profissional e está inativo desde junho de 2023. A funcionária se entregou a polícia na última terça-feira (15).
Segundo as autoridades, agora é iniciada a segunda etapa da Operação Verum, que visa analisar documentos e dados obtidos a partir do cumprimento dos mandados de busca e apreensão buscando dar continuidade nas investigações e punir perante a Justiça os responsáveis envolvidos.
Além da Polícia Civil, o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal investigam o caso.
Falha operacional buscando lucro
Segundo a Polícia Civil, os casos de infecção dos pacientes com HIV após receberem os órgãos transplantados foram causados por falha operacional, com objetivo de obter lucro.
O contrato firmado entre o laboratório investigado e a Fundação Saúde do RJ, em dezembro de 2023, tinha vencimento previsto já para o fim deste ano, com duração apenas de 12 meses em um valor final acordado em R$ 11.479.459,07.
Entre as exigências do acordo estava a necessidade de que a Patologia Clinica Doutor Saleme Ltda realizasse análises clínicas e de anatomia patológica.
De acordo com o Conselho Regional de Farmácia do estado do Rio (CRF-RJ), que se manifestou posteriormente sobre o caso, o laboratório PCS Lab Saleme não tem registro junto ao conselho. Conforme a entidade, o laboratório não tinha farmacêuticos registrados no conselho.