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    Polícia do RS indicia motoboy negro e morador branco em caso de agressão no RS

    Inquérito foi concluído nesta sexta (23) e apresentado em coletiva de imprensa na sede da Secretaria da Segurança Pública, em Porto Alegre

    Ação da Brigada Militar contra homem que denunciou tentativa de homicídio
    Ação da Brigada Militar contra homem que denunciou tentativa de homicídio Reprodução/Redes Sociais

    Maria Clara AlcântaraRafael Villarroelda CNN*

    O motoboy Everton Henrique Goandete da Silva, de 40 anos, e o idoso Sérgio Camargo Kupstaitis, de 71, foram indiciados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (23).

    O motoboy negro foi indiciado por lesão corporal de natureza leve e desobediência, pois teria resistido à prisão. Sérgio foi indiciado apenas por lesão corporal leve.

    No último dia 17, Everton foi alvo de ataque com faca feito por Sérgio. Ele, em seguida, reagiu atacando três pedras grandes nas pernas de Sérgio. Segundo a investigação, Everton foi indiciado por conta da reação.

    Na abordagem do dia 17, os policiais militares foram chamados ao local em razão de uma ocorrência envolvendo dois homens. Ambos acabaram conduzidos algemados a uma delegacia.

    Conforme os relatos, o motoboy foi atingido próximo ao pescoço pelo outro homem quando estava sentado em frente a um restaurante, no bairro Rio Branco. Ele sofreu ferimentos superficiais.

    O caso em uma rua no bairro Rio Branco, na região central de Porto Alegre.

    Os representantes da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Brigada Militar (BM) e Polícia Civil (PC) apresentaram os resultados da sindicância da Corregedoria da BM e de uma investigação da 3ª Delegacia de Polícia Civil sobre a abordagem da Brigada Militar durante uma coletiva de imprensa, realizada na tarde desta sexta (23), na capital gaúcha.

    Agora, o caso será entregue ao Poder Judiciário que decidirá sobre oferecer ou não a denúncia contra os indiciados.

    “Caso o Ministério Público ou o próprio Poder Judiciário entenda que houve um crime mais grave, o inquérito policial retorna à delegacia para novas diligências. Porém, entendemos que o fato está devidamente elucidado por parte da Polícia Civil”, disse o delegado Heraldo Chaves Guerreiro.

    As autoridades ressaltaram os esforços das instituições em analisar o mais rapidamente possível e com máximo rigor técnico, conforme determinado pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, logo após a ocorrência.

    “Sobre a prisão de um homem negro que seria vítima de tentativa de homicídio em POA, determinamos via Corregedoria da Brigada Militar a abertura de sindicância para ouvir imediatamente testemunhas e apurar as circunstâncias da ocorrência, com a mais absoluta celeridade”, disse o governador em nota via redes sociais, no dia do ocorrido.

    “O prazo legal seria de 20 dias prorrogáveis por mais dez, mas dada a repercussão do fato, reforçamos as equipes da apuração para que pudéssemos, menos de uma semana depois do ocorrido, concluir a apuração”, declarou o chefe da SSP, Sandro Caron.